Medidas começam com a utilização de material de demolição
Maquete do novo Castelão
Os estádios que estão sendo reformados ou construídos para abrigar os jogos da Copa 2014 têm em comum o desenvolvimento de estratégias sustentáveis. O Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, em Fortaleza, Ceará, tem se destacado não só pelo cumprimento do cronograma, mas também pelas medidas que visam um menor impacto ambiental da obra.
O consórcio responsável pela execução do projeto, formado pelas empresas Galvão e Andrade Mendonça, recorreu a uma consultoria contratada especialmente para orientar todo o processo, em ações que começam no canteiro de obras, através da melhor administração dos resíduos sólidos produzidos. Exemplo é a usina de reciclagem, montada dentro do canteiro de obra para reaproveitar o concreto obtido das demolições para ser usado na pavimentação do novo estacionamento. Tal medida deverá impedir o depósito em aterros sanitários de cerca de 75% dos resíduos gerados na construção do estádio.
Também a parte metálica da antiga cobertura, bem como a estrutura de aço do que foi demolido, está sendo destinada à reciclagem. Além disso, os materiais que podem ser reaproveitados estão sendo doados e destinados para seu uso original. Ao todo, mais de treze cidades foram beneficiadas com doações de quase 60 mil cadeiras, placares eletrônicos, gramado e cobertura dos bancos de reservas, entre outros.
De olho no futuro
As equipes de projetos, arquitetônico, hidráulico, elétrico, luminotécnico e de automação, têm trabalhado para construir a sustentabilidade do estádio. Tais inovações farão do Castelão um exemplo de estádio verde, candidato a certificação Leed. No plano nacional, o consórcio responsável pela obra já obteve o certificado ISO 14001.
Utilidades
Com relação às instalações hidráulicas, o Castelão contará com sistema de reaproveitamento da água da chuva para a irrigação do campo e para uso nos sanitários. Além disso, serão utilizados metais e louças com menor consumo de água, como descargas dual flush e torneiras com temporizadores.
Os projetos de elétrica, iluminação e automação também estão sendo pensados para reduzir o consumo de energia nas instalações, com sistema de ar condicionado mais eficiente e sensores de presença para a iluminação, além de outras medidas para evitar o desperdício.
Serão usados na obra portas com selo 100% FSC, de alcance internacional e adotado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, que garante que a madeira extraída vem de florestas de manejo. Tintas, colas e selantes, entre outros materiais usados no dia-a-dia da obra, também estão sendo escolhidos para reduzir os compostos orgânicos voláteis, com vistas a garantir a qualidade do ar e a saúde dos trabalhadores da obra.
O projeto de arquitetura prevê uma cobertura translúcida para evitar o efeito "ilha de calor". Outra novidade diz respeito às reservas de vagas solidárias. O Castelão contará com espaços reservados para carona solidária; carro com combustível renovável e bicicletário para funcionários.
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