As discussões sobre as metrópoles mundiais estão na agenda do dia e o blog Multiurb inaugura um ambiente aberto à discussão das questões urbanas que envolvem este crescimento das cidades que está a caminho de atingir escalas sem precedentes. O blog enfatizará a questão da sustentabilidade no âmbito do conceito de Retrofit, possibilidade muito real de como podemos lidar com o exacerbado adensamento dos grandes centros urbanos.
A Multiurb é uma divisão do escritório de arquitetura FRENTES, empresa que desde 2004 vem realizando projetos cujo principal foco é a discussão das questões urbanas, sejam elas derivadas de intervenções em pequena escala, como uma simples residência, até de projetos de renovação urbana, como o que realizamos no Elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão. Neste caso, transformamos uma infraestrutura urbana que foi programada para ter um único uso, função e forma e que denomino Monolayer em um sistema que, derivado desta matriz original, potencializa seus usos, funções e formas e que denomino Multilayer, conceito que nos revela o caráter que as metrópoles estão assumindo, baseado numa nova matriz, comprimida e multidimensional.
O Retrofit é a revitalização de edificações com mais de 25 anos de uso, aumentando sua vida útil, utilizando tecnologias avançadas dos materiais e de sistemas prediais, compatibilizando-os com as restrições urbanas de uso e ocupação do solo e, em muitas situações, alterando-os.
Pode ser realizado tanto em edifícios isolados quanto em grandes áreas urbanas. Em ambas as situações, ele tem o sentido de renovação e suas ações devem ser integradas dentro do seu caráter multidisciplinar.
Existem várias modalidades de Retrofit, sendo a mais conhecida a Predial. Três modalidades a mais podemos incluir em nossas discussões futuras: o Retrofit Urbano, Verde e o Simbiótico. Podem tanto ser realizados separadamente como todos ao mesmo tempo e uma de suas principais características é integrar partes desagregadas e até dissidentes, formando um novo e íntegro sistema, que é o caso da intervenção sobre o Minhocão denominada O Novo Elevado.
Muitos governantes e urbanistas tentaram e ainda tentam planejar as cidades para serem um sistema de relações integradas. Mas as cidades crescem em proporções difíceis de controlar e em velocidade muito mais rápida do que qualquer tentativa de planejamento nos moldes tradicionais. Sendo assim, muitas destas imensas cidades constituem um sistema desintegrado, para não dizer decrépito.
Uma das soluções para a degeneração progressiva dos grandes centros urbanos é agir de modo inovador, liberto das más tradições e formas velhas de pensar as cidades. A população das cidades precisa de exemplos inéditos, fora dos padrões realizados até este momento para que tenham repertório que as façam ter novas idéias e, através de uma apreensão e olhares novos sobre suas cidades, intervir. Se desejarem postem seus comentários sobre o assunto.
Fonte: e/a Engenharia & Arquitetura
Olá Celina!
ResponderExcluirNão entendo do assunto, mas penso que o crescimento desordenado das cidades é um grande desafio para a engenharia e arquitetura.
Tenha uma abençoada quinta-feira!
Quero lhe convidar para ver e comentar ‘OS POMBOS DA PRAÇA XV E OS CHINESES DA HONG KONG’ no http://jefhcardoso.blogspot.com
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)
Não sei porque meus posts não estavam aparecendo, mas agora posso me comunicar melhor.
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