Tim Pyne, arquiteto do Reino Unido, encontrou uma propriedade que era exatamente o pedaço de terra onde gostaria de morar, mas não conseguiu licença para construir ali. Poderia, porém, colocar um trailer no local, algo conhecido antigamente como casa sobre rodas, e ficar totalmente dentro da legislação do Reino Unido. Mas quando Pyne deu uma olhada nos preços dos trailers, eles não se encaixavam nos seus planos. Por isso, decidiu construir uma casa—chamando-a de “m-house” (pronuncia-se “mouse”, em inglês). A “m-house” permite o luxo de morar num ambiente móvel, solucionando de maneira criativa, a utilização do terreno.
Com casas classificadas como trailers, uma vizinhança jovial de “m-houses” poderia se desenvolver como uma comunidade nova, rápida e ainda assim, permanente, nas docas da cidade, ou melhor ainda, essas casas podem ser equipadas com meios para flutuar, originando uma comunidade flutuante. Em áreas superpovoadas, a “m-house” pode ser rebocada no quintal dos fundos, tornando-se um espaço adicional, destinado às famílias ou inquilinos, ou quem sabe, instalações independentes, muito sofisticadas para vovó e vovô.
Esse tipo de moradia se encaixa nas especificações de um trailer, ficando convenientemente fora do alcance de muitos incorporadores imobiliários. A “m-house” é entregue em duas seções com três metros de largura e pode ser transportada por um caminhão.
A primeira ideia que nos ocorre é que esse tipo de casa se presta como refúgio de fim de semana, mas os clientes de Pyne a estão utilizando como residência permanente. Com 100 m2, essas casas são maiores que muitos flats urbanos. E ainda contam com diversos itens que a maioria dos moradores de cidade sonharia em ter, mas que jamais poderiam pagar nas cidades do planeta. A espaçosa sala de estar inclui piso aquecido e uma cozinha-sala de jantar bem equipada. Dormitórios são sempre dormitórios—não se estiverem disfarçados de salas de estar, compactos, porém dotados de muitos armários. O banheiro é grande, contando com a alta qualidade que se poderia esperar de uma casa em bairro de classe média superior. Tem até uma varanda coberta, com uma porta dupla para acessá-la.
O dono pode optar por vários tipos de materiais, desde cedro até chapas de alumínio. E o que mais atrativo é que, se a pessoa não estiver satisfeita com os vizinhos, ou for transferido no emprego, é só levar a casa para o novo endereço.
A estrutura da “m-house” é feita de molduras de aço leve, o que permite seus amplos espaços abertos. Na verdade, as paredes do interior podem até ser eliminadas, fazendo da casa um escritório ou espaço comercial. Pyne propôs um “m-hotel” para a Shoreditch Goods Yard, em Londres, que basicamente é um grupo de m-houses. O “m-hotel” é um “apart-hotel” moderno, projetado para ser alugado por empresas por um período de até 3 meses. Segundo o site, “aqui os executivos podem se hospedar em um ambiente caseiro (mas provavelmente muito melhor) que permita o seu entretenimento, relaxamento (e trabalho) no centro da área mais legal de Londres, pertinho do próprio escritório.” Por conseguinte, o flexível e luxuoso ambiente de uma “m-house” se transforma num lar temporário para homens de negócio fora de sua casa. O “m-hotel” seria construído em terreno abandonado que não tivesse planos de novas obras no local. Caso se cristalizassem planos imobiliários mais permanentes na área, basta que o “m-hotel”vá para fora”.
Fonte: Livingsteel
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