Assista ao vídeo e conheça os projetos sustentáveis que estão ajudando a garantir o futuro da Amazônia.
Uma das peculiaridades do filme Amazônia Eterna são os depoimentos de representantes indígenas que vivem na região, gravados no idioma original das tribos. Para traduzir o dialeto para português, o projeto conta com a contribuição do videoartista e membro da tribo Ikpeng, Karané Txicão. A tarefa árdua, que rendeu dez longas horas de trabalho, foi feita na ilha de edição da Giros. A escolha do tradutor pela produção do documentário não se deu por acaso. Nascido na tribo Ikpeng, Karané desenvolveu ao longo de sua trajetória uma relação íntima com a produção audiovisual. Em 1997, quando tinha apenas 15 anos de idade, descobriu o cinema ao participar de uma oficina de vídeo no Posto Indígena Diauarum, no Xingu. Na ocasião, ele acalentava o sonho de se tornar ator, mas a oficina não oferecia aulas de atuação. Karané então decidiu aproveitar a oportunidade para aprender a operar a câmera e passou a participar da produção de filmes voltados para comunidade Ikpeng.
A índia Airé, da tribo Ikpeng, falou sobre o projeto de reflorestamento da mata ciliar do Xingu/Foto:Reprodução
Seu currículo conta com participação no filme “Moyngo, o sonho de Maragareum”, que aborda uma festa de sua tribo chamada Moyngo. Também trabalhou na produção dos filmes “Das crianças Ikpeng para o mundo”, que participou de festivais nacionais e internacionais, e “Pirinop, meu primeiro contato”, o qual ofereceu a Karané a oportunidade de trabalhar pela primeira vez com edição. Seu último filme fala dos cantos do Yumpuno e mostra a importância desse ritual para o povo Ikpeng. Graças ao conhecimento acumulado, Karané é hoje coordenador da MAWO, um espaço de formação, pesquisa, registro e divulgação da cultura Ikpeng.
Fonte: Amazônia Eterna
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