Alguns edifícios construídos nas duas últimas décadas tornaram-se referência em sustentabilidade. As características consideradas decisivas na escolha dessas edificações foram, entre outras características, projetos com sistemas eficientes e construção com matérias-primas renováveis. Vamos à lista!
1. Bank of America Tower, New York, EUA.
Concebido pelo escritório de arquitetura Cook+Fox, o Bank of America Tower é considerado uma das mais eficientes arquiteturas do mundo. Grande parte das matérias-primas utilizadas em sua construção são provenientes de fontes renováveis e recicláveis, obtidas no máximo a 500 km do local da obra, em consonância com o que a ideologia de construção sustentável pratica. O concreto foi composto por 45% de escória (subproduto dos altos fornos), e 55% de cimento, eliminando parte do CO2 emitido na produção do cimento. O reuso das águas pluviais e a maximização da energia do sol e da luz natural para iluminar os interiores, graças à transparência do vidro e de seu isolamento, reduziram os custos com energia elétrica.
2. Council House 2, Melbourne, Austrália.
O primeiro edifício de escritórios australianos (Mick Pearce com Design Inc.) a receber a classificação “Six Green Stars” pelo Green Building Council da Austrália, conhecido como CH2. Apresenta design sustentável e eficiência energética, recebendo a certificação por possuir arrefecimento de massa térmica, células fotovoltáicas, turbinas eólicas, reciclagem de esgoto, tetos refrigerados e venezianas de madeira reciclada, equipadas com células fotovoltáicas, que promovem um ambiente interno mais saudável.
3. The Bond, Sydney, Austrália.
O prédio que abriga a construtora Lend Lease surge com um design que enfatiza a melhor gestão da água, de resíduos e 20% menos emissões de poluentes. Construída sobre o antigo gasômetro local, cuja área teve que ser recuperada, a obra também alcançou cinco estrelas do Green Star and Australian Building Greenhouse Rating Scheme (ABGR), por utilizar ventilação natural, feixes de refrigeração passiva, fachadas sombreáveis, cobertura ajardinada com plantas resistentes à seca, e propiciar vistas a 60% de seus ocupantes.
4. BMW Welt, Munique, Alemanha.
Projeto assinado por Coop Himmelb, para o BMW Group em 2007. Possui cobertura composta por um conjunto de placas fotovoltáicas, além de uma rede de painéis de aço que capta o calor, conduzindo-o para a fachada de aço e vidro, ajudando no condicionamento do ar interno do edifício. Dentro do cone, uma espécie de túnel espiralado incentiva a ventilação natural, através de aberturas controladas automaticamente.
5. Clinton Presidential Library, Arkansas, EUA.
Projetado por Polshek Partnership, o edifício que abriga Museu e Biblioteca. Considerado uma das construções mais verdes do mundo, recebeu certificações LEED Sylver e Platinum por vários detalhes. Um deles é a cobertura verde – onde também estão painéis solares – absorve carbono, reduz o escoamento pluvial e regula a temperatura – além da maior capacidade de reciclagem, limpeza verde, redução do desperdício através do abastecimento local e compensação de carbono de toda a energia não renovável utilizada. Pode-se destacar também o piso feito de pneu reciclado.
6. The New York Times, New York, EUA.
Idealizado pelo arquiteto Renzo Piano, o edifício com 148.644 m² e 52 pavimentos é promovido como uma estrutura verde, embora não seja certificado pelo LEED. Este é o primeiro edifício construído nos Estados Unidos em cortina de vidro, que maximiza a luz, e tubos de cerâmica solar que funcionam como um brise. Máscaras mecanizadas, controladas por sensores, reduzem o ofuscamento da luz solar, enquanto mais de 18 mil luminárias fluorescentes dimerizáveis individualmente suplementam a luz natural, proporcionando uma economia de energia real de 30%. O prédio também incorpora resfriamento de ar-livre, trazendo ar de fora quando está mais fresco do que o espaço interior, o que economiza energia adicional. Mais de 95% do aço estrutural é reciclado.
7. Aeroporto de Oslo, Gardermoen, Noruega.
Projetado por NSW A+P Viaplan e inaugurado em 1995, é um belo exemplo de seleção de materiais estruturais,onde cada material é aplicado na função que se desempenha melhor: concreto armado na compressão; madeira na flexão, treliças espaciais de aço flexão e conexões. Com 140 mil m², custou U$ 520 milhões, tem sistema de aquecimento, baseado em uma rede de aquecimento urbano que produz calor através de bioenergia.
8. Parlamento Alemão, Berlim, Alemanha.
O antigo Reichstag foi reconstruído em 1999, sob projeto assinado por Norman Foster, para abrigar o parlamento alemão. A obra se destaca pelo uso intensivo de energias primárias renováveis, como biodiesel, produzido nas imediações do edifício. Um total de 3.600 m² de elementos fotovoltaicos foram instalados na cobertura do prédio, alimentando a rede in-house. O calor que excede das usinas de cogeração é utilizado para o aquecimento do edifício, através de um aquífero em frente ao prédio. A água é aquecida por meio do calor excedente e bombeada de volta para o prédio.
9. Commerzbank Headquarters, Frankfurt, Alemanha.
Com 56 andares e 121 mil m², a torre do Commerzbank, projetada por Foster & Partners e inaugurada em 1997, é considerada o primeiro edifício de escritório ecológico do mundo. Em 1990, quando planejava a nova sede, o Commerzbank foi incentivado pelo Partido Verde a construir um arranha-céu verde. O projeto explora a natureza do ambiente de escritório, desenvolvendo soluções sustentáveis e novos padrões de trabalho. Um skygarden que desce pelo átrio central traz luz e ar fresco e é foco visual e social dos grupos de trabalho – recurso utilizado para reduzir a necessidade de luz artificial e energia para aquecimento e refrigeração.
10. Ospedale dell”Angelo, Veneto, Itália.
Projetado em 2008 pelo arquiteto Emilio Ambasz, este prédio hospitalar com 117 m², o primeiro verde do mundo, inova já pela sua localização – em área rural. Foi idealizado de acordo com os princípios da humanização de forma a auxiliar na cura do paciente. Os blocos são unidos por jardins, que induzem a calma ao promover vistas agradáveis. Um lobby ajardinado, protegido pela cobertura de vidro, traz luz natural e renova o ar interno.
Fonte: Piniweb Via: Rafaella Hardman
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