A cidade de Boras, Suécia, recicla a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela poluição dos seus 64 mil habitantes. A poluição é tratada biologicamente ou transformada em biogás, para abastecer casas, estabelecimentos comerciais e uma frota de 59 ônibus da frota municipal.
Boras consegue ter o descarte de lixo quase nulo por conta de seus avanços na área de biogás.
“Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador”, explicou o professor de biotecnologia da Universidade de Boras, Mohammad Taherzadeh, num encontro internacional de acadêmicos na cidade de São Paulo.
O professor contou que o modelo atual de gestão de resíduos sólidos começou a ser adotado em meados de 1995 e ganhou mais força em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de lixões nos países da União Europeia.
“Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de lixões. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos”, afirma o otimista professor.
Aqui, em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro. Sua meta é erradicar os lixões do país até 2015. Sabemos que metas não são o forte de nosso país, mas a gente espera um comprometimento ainda maior para o caso dos lixões.
Fonte: Eco4planet
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