É comum associar a sustentabilidade apenas ao aspecto ecológico, como a preocupação com os resíduos pós-atividades, porém para a realização de um evento sustentável também é necessário o desenvolvimento de um equilíbrio entre as perspectivas sociais, econômicas, culturais, políticas.
O organizador de um evento sustentável deve ter a preocupação de analisar desde o local escolhido para a realização da atividade e valor cobrado pela inscrição da mesma, até a seleção dos fornecedores e o destino dos resíduos gerados. Entenda:
Local: a escolha do lugar para a realização do evento engloba o gasto de energia e a emissão de CO2. Opte por locais que tenham iluminação natural, verifique se o sistema de refrigeração de ar é eficiente do ponto de vista energético. Além disso, é importante evitar o uso de geradores, pois consomem combustíveis fósseis e emitem CO2. O local também deve ter fácil transporte para as pessoas;
Acesso: o evento deve ser democrático, por isso, a entrada pode ser um fator que leva a exclusão. É necessário atentar-se para o valor cobrado para a inscrição da atividade;
Fornecedores: para a conseguir atingir todos os públicos na hora de escolher o valor do acesso ao evento, é preciso tomar cuidado com as decisões tomadas ao longo do planejamento da atividade. As empresas escolhidas devem se preocupar com os impactos ambientais e fazer orçamentos acessíveis;
Cooperativas locais: além de movimentar a economia local, também podem reduzir os custos do evento. Nos momentos de lazer, a opção por artistas locais e comidas típicas valorizam a região;
Resíduos: o organizador deve pensar em reduzir os resíduos desde o planejamento - imprimir apenas o necessário, escolher brindes de material reciclável ou reciclado, usar materiais (copos, pratos...) reutilizáveis. Durante o evento, os detritos devem ser destinados de forma correta, separando os recicláveis para enviar à cooperativas de coleta seletiva e doar o que pode ser útil a outras pessoas. O ato ajuda a diminuir o impacto ambiental.
Para ser um evento sustentável o planejamento deve ter equilíbrio social, econômico, cultural, político e ecológico/Foto: luana_mercurio
Com o objetivo de auxiliar promotores verdes, a ABNT Brasil instituiu a norma internacional sobre sustentabilidade na gestão de eventos (ISO 20121). O certificado, que entrou em vigor no dia 15 de junho, terá a primeira representação nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
A iniciativa propõe mudanças em todas as etapas de um planejamento verde. Um dos pontos defendidos no documento é a participação efetiva de organizadores e do público, de forma que todos tenham consciência que fazem parte do projeto de sustentabilidade, além de seguir os padrões das plataformas sociais, econômicas, ecológicas, culturais e políticas. O documento também aponta que os eventos devem deixar um legado para a região onde é realizado.
Outras certificações
A Certificação Ibev de Sustentabilidade de Eventos está alinhada com a norma ISO 20121 de Gestão Sustentável de Eventos. Além disso, ela foi desenvolvida a partir de critérios e normas ambientais, responsabilidade social, empresariais, trabalhistas e de segurança brasileiras e dessa forma está adequada às necessidades e condições de nosso país.
Segundo a certificação Ibev, a sustentabilidade de um evento deve ser entendida como um processo sistêmico de melhoria contínua. Ou seja, é necessário o desenvolvimento de sistemas de aferição, controle e correção das ações, para que o próximo evento seja mais sustentável que o anterior. No entanto, todos os esforços empregados devem, prioritariamente, enfatizar e buscar a conscientização e o engajamento de todos os públicos envolvidos.
A BS 8901 é uma norma British Standards também destinada à indústria de eventos com a finalidade de auxiliá-la a operar de modo mais sustentável. Ela requer que as organizações identifiquem e compreendam os efeitos que suas atividades tem no meio ambiente, na sociedade e na economia, tanto dentro da organização como na economia em geral; e coloquem em prática medidas para minimizar os efeitos negativos.
Esta certificação compartilha princípios comuns de normas de outros sistemas de gestão como ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão do Meio Ambiente) e OHSAS 18001 (Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional), incluindo a abordagem PDCA.
O Green Building Council Brasil optou por disseminar no mercado o sistema de certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) adaptado a realidade brasileira. O comitê LEED está dividido em cinco subcomitês temáticos, que abordam os cinco critérios de avaliação da ferramenta: Materiais e Recursos (MR), Energia e Atmosfera (EA), Espaço Sustentável - Site (SS), Qualidade Ambiental Interna (EQ) e o Uso Racional da Água (WE).
Fonte: Portal EcoD
Soluções para edifícios verdes e sustentáveis são temas muitos discutidos atualmente.
ResponderExcluirGrandes empresas oferecem alternativas e conceitos interessantes que abrangem eficiência e sustentabilidade para área de arquitetura sustentável
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Vale a pena conferir as inovações apontadas por esse site.
http://www.siemens.com.br/desenvolvimento-sustentado-em-megacidades/edificio-verde.html
Alessandra Ribeiro