Para Ipea, 50% da energia do país vem de fontes renováveis
O Ipea divulgou na manhã do dia 15, terça-feira, o Comunicado do Ipea nº 77. O comunicado é o primeiro de uma série dedicada ao meio ambiente, intitulada Sustentabilidade Ambiental no Brasil: biodiversiadade, economia e bem-estar humano. O comunicado, com o tema Energia e Meio Ambiente,foi apresentado pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa do Ipea Gesmar Rosa Santos, Antenor Lopes Filho e Albino Rodrigues.
Ao abrir o evento, Albino Rodrigues enfatizou o esforço do Ipea em se dedicar à pesquisas sobre o tema ambiental. “A sustentabilidade ambiental se mostra mais como uma oportunidade do que como uma restrição ao desenvolvimento”, disse o técnico. Quanto à pesquisa sobre energia e meio ambiente, Albino destaca sua importância para “ter subsídios para influir no debate que é inevitável e está nas mesas dos gestores”.
Em seguida, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Gesmar Rosa iniciou sua apresentação abordando o tema da oferta interna de energia do Brasil. Gesmar afirmou que a preocupação com o consumo sempre foi a prioridade dos governos, sendo a sustentabilidade ambiental uma preocupação que ganhou força nas últimas décadas.
“A melhor forma de se conciliar geração de energia e sustentabilidade ambiental é a gestão e a eficiência energética”, disse Gesmar. Por meio de gráficos, o técnico do Ipea demonstrou as diferentes fontes da oferta interna de energia, como petróleo, hidrelétricas e produtos da cana, entre outros. O petróleo e seus derivados respondem por cerca de 50% da oferta interna de energia no Brasil.
Os investimentos necessários em energia no Brasil para o período de 2010 a 2019 também foram apresentados. O estudo aponta que deve haver um investimento de cerca de 214 bilhões de reais em energia elétrica, cerca de 672 bilhões de reais em petróleo e gás e cerca de 66 bilhões de reais em energia proveniente de biocombustíveis líquidos.
“Como grande parte dos investimentos em energia no Brasil é feito com dinheiro público e a partir de empréstimos de bancos como o BNDES, espera-se que uma instituição como esta deva exigir que os investimentos estejam de acordo com uma maior eficiência energética e com a sustentabilidade ambiental”, concluiu Gesmar.
Energia eólica e solar
O técnico Antenor Lopes Filho apresentou, em seguida, a matriz energética brasileira, considerando as estruturas geradoras de energia em operação, em construção e a previsão da geração total futura.
Antenor destacou a energia eólica no Brasil como um tipo de geração que tem crescido muito no País. “Há dez anos, a energia eólica era uma coisa fora da realidade do País, era considerada muito cara e pouco eficiente. Porém, nos últimos anos, estamos vendo o surgimento de parques eólicos no Ceará e há projetos no Rio Grande do Sul e Bahia”, disse.
Em relação à energia solar, o técnico diz que seu uso é praticamente desprezível no Brasil. Porém Antenor destaca que é muito alto o custo ainda dessa tecnologia. “É curioso, mas no caso da energia solar, os custos sempre foram colocados como entraves à utilização dessa tecnologia, pois se pensava sempre no aspecto econômico”, afirma Antenor. Mas, o técnico do Ipea destaca que a exemplo da energia eólica, a tendência é que essa tecnologia seja mais utilizada no Brasil.
Fonte: e/a Engenharia & Arquitetura
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