Segundo o Wikipedia, arquitetura sustentável:
"É um processo em permanente evolução que enfoca estratégias inovadoras e tecnologias para melhorar a qualidade de vida cotidiana. Sua abordagem envolve principalmente: diretrizes projetuais formais e espaciais; eficiência energética na construção e sua manutenção; aproveitamento de estruturas pré-existentes; especificação de materiais utilizados; e planejamento territorial envolvendo a proteção de contornos naturais".
Greener City (Ensaio para uma cidade sustentável)
Ou seja, pra uma construção ser realmente sustentável, é necessário que se faça uma análise prévia de todos os processos e elementos que irão ser utilizados e re-utilizados em uma obra. Os principais elementos a serem considerados em um projeto sustentável são:
Água
O projeto de um edifício sustentável deve prever a redução no consumo de água e uma gestão inteligente deste recurso, através de tecnologias de reúso de água, utilização das águas pluviais e equipamentos de redução de consumo tais como torneiras e chuveiros com temporizadores ou sensores.
Energia
Um aspecto já tradicional da arquitetura sustentável é o o aquecimento solar da água.
Placas de Aquecimento Solar
Materiais Ecológicos
São considerados materiais ecológicos aqueles produzidos com menor impacto no meio-ambiente. Entre os utilizados na construção sustentável pode-se citar: blocos de terra comprimida, o adobe, tintas sem componentes voláteis tóxicos, materiais reciclados, madeira certificada ou de curto ciclo de renovação, entre outros.
Os materiais regionais são priorizados na construção sustentável, pois reduzem o percurso de transporte e emissão de gás carbônico da queima do combustível e priorizam o desenvolvimento do comércio/indústria regional.
Resíduos
Os resíduos da construção civil têm impacto significativo no volume de resíduos das cidades. Para além do seu grande volume, quando não separados na origem tornam-se de difícil re-utilização, impossibilitando muitas vezes a sua reciclagem. A atenção dada a este pormenor é outra das suas características.
Para este último, hoje já existem soluções de reaproveitamento dos materiais na construção. Água, areia e cimento são reutilizados em novas misturas para o preparo do concreto.
Ontem mesmo, assistindo ao jornal, vi uma reportagem sobre uma universidade particular de Santa Catarina que fez pesquisas acerca de resíduos de tijolos no preparo de concreto. O resultado dessa mistura é de um aumento em 16% no desempenho do material.
Definir sustentável é fácil, mas definir o que realmente deva ser uma Arquitetura Sustentável, que implica em rever todo processo histórico e cultural de produção, o econômico e o social, continuando pelos materiais escolhidos, passando pelo conforto térmico e chegando no dilema energético que se apresenta, e mais a questão das águas, do uso e tratamento dos efluentes, chegando à um quadro bastante difícil de pintar para conseguir dizer com propriedade: aqui está uma Arquitetura Sustentável!
Qualquer tese desenvolvida a respeito, cria sistemas exatos sobre como tratar melhor o consumo energético, os efluentes, os materiais utilizados, as relações produtivas locais envolvidas, a climatização utilizando ventos dominantes, orientações solares adequadas, latitudes-longitudes, umidades relativas do ar, radiação solar local... Mas, alguns elementos integrantes desse conjunto, pretenso sustentável, esbarram em outro conjunto não tão sustentável assim.
O que vemos hoje na mídia, sendo apregoado como sustentabilidade, não passa de um engodo, jargão de modismo para parecer que a empresa incolor é verde. A arquitetura, como forma de produção, criadora de produtos imobiliários, acaba sendo levada a mentir: criam-se mega-projetos "sustentáveis", como se mega-projetos o fossem; mostra um modo de viver igual e insustentável como antes, dentro de uma nova roupagem estética e eco-lógica-mente-correta.
Desde a construção das torres Petronas que a Malásia, e mais propriamente a sua capital, Kuala Lumpur, é referência na arquitetura mundial. Assim sendo, não surpreende ali vermos nascerem mais alguns edifícios notórios. Só que, desta vez, o seu interesse não reside na altura – bem pelo contrário! – mas sim no fato de serem bons exemplos de arquitetura bioclimática e sustentável. Oito edifícios invulgares irão prolongar a frente urbana de Putrajaya, zona situada 30 km a Sul da capital e conhecida como Precinct 4.
A Sustentabilidade deve ser uma meta. Elementos que geram sustentabilidade devem fazer parte da produção arquitetônica dentro de critérios responsáveis e éticos. A consciência de fazer sustentável deve permear os projetos da nova era, inserindo elementos notadamente sustentáveis por mais simples que sejam, desde a simples reciclagem do lixo à independência energética da unidade habitacional. A cada inserção, a cada elemento, o Planeta agradece.
A cada árvore que deixou de ser cortada para fazer um batente especial em mogno, são toneladas de oxigênio, climatização e nichos ecológicos preservados - informes sobre essa matéria estão amplamente disponibilizados na mídia - informe-se! Saiba quais as empresas que verdadeiramente estão comprometidas com isso, quais os dirigentes políticos e empresários que não trazem o verde só no discurso.
Exemplo de Teto Verde
Fonte: Arquitetura Diária
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