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Expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras

O projeto da expansão do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes) foi feito para uma de suas áreas mais importantes: os laboratórios onde são desenvolvidas novas tecnologias da empresa. Todo o complexo foi pensado a partir de soluções construtivas industrializadas e compreenderá uma área de 152.447m² totalmente dedicadas à produção de conhecimento. E esta produção começou pelo projeto -- apenas esta etapa demandou um ano e meio resultando em 5.200 pranchas de desenhos. 

Divulgação: Petrobras
Projeto é candidato à certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED)

Com a ampliação, o complexo construído pelo Consórcio Novo Cenpes ocupa mais de 300 mil m², tornando-se um dos maiores centros de pesquisa aplicada no mundo. Entre as instalações, estão um centro de convenções - que conta com um auditório, salas de reuniões, lanchonete e área de eventos -, laboratórios, escritórios, salas de visualização do Centro de Realidade Virtual (CRV), biblioteca, restaurante central e um orquidário, além de um espaço destinado ao posto eco-tecnológico.

O centro de convenções situa-se no local mais próximo possível do Cenpes atual, na extremidade oposta da passagem subterrânea e constitui o portal de entrada do Cenpes ampliado para o público que a ele se dirige. 

Do centro de convenções parte o eixo norte-sul principal, coluna vertebral de articulação de todas as atividades de produção científica, dos laboratórios e escritórios no pavimento térreo; dos escritórios nos dois pavimentos superiores, que exploram a visual marinha; das salas de visualização do CRV, do CIC e biblioteca  no 1º pavimento, e ao bloco separado do CRV (Holospace e Cave), articulados por um eixo central de circulação de usuários internos e externos. Na extremidade norte deste eixo, estão situados o Restaurante Central e o Orquidário, que finalizam este bloco central com o primeiro se voltando para o mar. 
A proposta inicial do projeto era minimizar o impacto ambiental da construção, criando ambientes externos e internos que garantissem o conforto ambiental do usuário, a eficiência energética dos edifícios, a possibilidade de geração de energia limpa e o aproveitamento da paisagem natural na composição dos espaços.
A partir dessas premissas, o edifício foi construído em estrutura mista de aço e concreto e conta com painéis pré-moldados de concreto como fechamento externo, além de painéis duplos de drywall com manta sintética nas vedações internas. As coberturas são protegidas por placas sanduíche de alumínio pré-pintado em cores claras, preenchidas com material de proteção térmica.
O complexo ainda conta com sistema de reaproveitamento de água de chuva, coletada através do telhado e do piso e reaproveitada na irrigação de jardins e no fornecimento para os sanitários. Os tetos possuem aberturas translúcidas e há venezianas direcionais em cada dependência, com inclinação calculada para a captação da luz solar e de ventilação natural. Quando o nível ideal de iluminação é alcançado, as luzes artificiais se apagam automaticamente, sem mudança no padrão de claridade. Envoltórias e membranas protetoras atuam na mediação climática entre o meio externo e os espaços internos, protegendo os edifícios do sol e da chuva, e mantendo o aproveitamento da ventilação e iluminação naturais.

Ventos e vegetação, somados à vista do mar, são parte do projeto. O edifício intercala cheios construídos e espaços abertos, incluindo áreas cobertas e descobertas enriquecidas ambientalmente pela inserção de vegetação e pela conseqüente formação de espaços sombreados. As condições do clima local foram tomadas como fatores determinantes para os critérios de projeto, desde a etapa de implantação do novo conjunto até a definição da arquitetura dos edifícios. O projeto contou com paisagismo de Benedito Abbud e estudos de desempenho ambiental desenvolvidos pelo Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética (Labaut), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).
O projeto já concorreu ao Prêmio Mundial de Construção Sustentável, da Holcim Foundation, além de ter sido destaque na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura (BIA), em 2006. O projeto também é candidato à certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED)
A ampliação gerou cerca de seis mil empregos diretos e quinze mil empregos indiretos durante a execução da obra.

Ficha Técnica
Proprietário/Cliente: Petrobras
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Data do Projeto: março de 2004 a junho de 2006 
Data de execução: outubro 2005 a 2010
Área do Terreno: 189.604,27m²
Área Total Construída: 124.368,58 m²
Construção: Consórcio Novo Cenpes (Construtora OAS Ltda.; Construbase Engenharia Ltda; Carioca ChristianiNielsen Engenharia SA; Schahin Engenharia SA; Construcap - CCPS Engenharia e Comércio SA)

Equipe Técnica - Projeto de Arquitetura 
Projeto arquitetônico: Siegbert Zanettini  
Coautor: José Wagner Garcia
Arquiteto responsável: Siegbert Zanettini
Arquitetos colaboradores: Érika di Giamo Bataglia; Thaís Barzocchini; Miriam Haddad Sayeg; Barbara Kelch Monteiro; Clara Sato Fausto Slhiguemitsu Natsui; Alexandre Barone; Guilherme Margara; Flávio Hayato Ikeda; Maria Fabiana; Janaina F. Prado; Valéria Luppi; Álvaro Luiz Ikuno; Camila Chaves Garcez ;Camila Faccioni Mendes; Karina Carvalho Bachiega; Ana Marconato; Femanda Braga R. Teixeira; Camila de Souza Nogueira; Silva Eduardo Luiz Teixeira Domelas; Tatiana Xavier de Barros; Paola B. T. lezzi; Alessandra Cagnani Salado; e Elson Matos Cerqueira


Fonte: Pini     Via: Mundo Sustentavel








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