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Hortas urbanas: os desafios da fusão entre campo e cidade

Vista da fazenda urbana Eagle Street em Greenpoint, Brooklyn. 

Não é novidade que a produção de hortaliças está voltando às cidades: hortas urbanas no meio de Berlim e Nova York, e vários projetos de fazendas verticais em desenvolvimento confirmam esta tendência.

Entretanto, a fusão (ou reaproximação) do campo com a cidade não é tão simples. Da análise sobre o uso do espaço público à quantidade efetiva de alimentos que se pode produzir, há diversas questões sobre as quais é preciso refletir.

Um artigo do Grist reflete sobre esta questão e destaca alguns pontos importantes.

Nem sempre os espaços públicos disponíveis nas cidades são adequados para o cultivo e nem sempre se pode levar uma comunidade ao campo (em referência a projetos de comunidades rurais) Certos espaços urbanos são mais úteis para outras atividades, e às vezes, transpor uma comunidade para o campo acaba criando apenas mais um subúrbio.Certos espaços urbanos são mais úteis para outras atividades, e às vezes, transpor uma comunidade para o campo acaba criando apenas mais um subúrbio.

- A diferença entre campo e cidade deve continuar existindo: quando se tem espaços metade urbanos e metade campestres, acaba-se criando um grande espaço híbrido que não é é nem um, nem outro.

-A agricultura em pequena escala desempenha um papel dentro das cidades, mas mantendo a trama urbana intacta e se adaptando aos espaços disponíveis: tetos, ilhas de tráfego, interiores de quadras, pátios e jardins. "Onde há limitações, há inovação", ressalta o texto, sobre a necessidade de se aproveitar ao máximo estas áreas.

-Outra opção é apelar para os chamados "jardins urbanos efêmeros", assim batizados por Jason King referindo-se ao uso temporário de áreas disponíveis para a instalação de hortas de curta duração.

-Finalmente, é possível produzir na cidade toda a comida de que seus habitantes precisam? Provavelmente não, por isso não há problema na concentração de fazendas agrícolas nos arredores das cidades.

Enquanto o assunto continua se desenvolvendo e amadurecendo, estas reflexões são interessantes para entendermos para onde caminham nossas cidades. E você, já tem sua horta urbana?


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