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Projeto Brasileiro que Transforma Lixo em Material de Construção ganha Prêmio Internacional

A competição Moradia Ideal – Colaboração para Cidades Mais Inclusivas e Sustentáveis (Sustainable Urban Housing – Collaborating For Liveable And Inclusive Cities), da Ashoka Changemarkers, organização mundial que trabalha com inovação e apoio a empreendedores sociais, recebeu inscrições de 48 países, totalizando 289 projetos.
De 11 finalistas, três foram premiados – um deles, brasileiro: Lixo Zero, Arquitetura Sustentável, Energia Renovável, dos arquitetos Márcia Macul e Sérgio Prado, fundadores da ONG Curadores da Terra.
A proposta é ambiciosa: reaproveitar todo tipo de lixo gerado nas cidades em Usinas Limpas, que processam resíduos orgânicos, plásticos e minerais (incluindo lodo e esgoto dos córregos e rios) e dão origem a materiais de construção, fertilizantes e energia.
As usinas podem ser feitas para todas as quantidades de lixo, variando de tamanho de acordo com o número de habitantes da comunidade ou cidade em que é implantada. “Cada unidade é feita individualmente para atender a estes quantitativos”, explica Márcia.
O lixo orgânico e seco é transformado em “biomassa bioestabilizada” (em um processo que dura de 30 a 55 horas) e pode ser aproveitada como fertilizante para florestas e piscicultura, materiais de construção e na geração de energia elétrica (em usinas com capacidade para mais de 12 toneladas/dia).
“Esta biomassa é agrupada com todos os outros resíduos, amalgamados com poliuretano vegetal biodegradável (que vem da soja ou mamona) dando origem a blocos, pisos, paredes, telhas, etc.” A resina formada substitui o cimento, que “cola apenas produtos minerais e hoje representa 8% do aquecimento da atmosfera”, segundo a arquiteta.
ResultadosEm SP, o Lixo Zero, Arquitetura Sustentável, Energia Renovável já faz parte de projeto de lei. “Isso abre significativo espaço para a implantação de até 660 Cidades Verdes Sustentáveis.” Nos EUA, também fez sucesso.
Onze equipes que participaram do evento de premiação se interessaram pela iniciativa, além de três importantes secretarias norte-americanas: HUD (US Department os Housing and Urban Development), EPA (Environmental Protection Agency) e a USAID (US Agency for Internacional Development). “Elas agora estudam novas formas de implantação para todos os países da América do Sul e América Central”, diz Márcia.
A premiação aconteceu na última semana em Washington DC, nos EUA. O projeto brasileiro recebeu 10 mil dólares, que serão investivos na divulgação, com vídeo em 3D sobre o funcionamento das usinas.
O projeto propõe soluções que vão muito além do reaproveitamento de lixo. Ele promove mudanças de aspecto social, com a construção de casas acessíveis e feitas com material “limpo”. “As usinas ganham pelo depósito de lixo, venda de energia e adubo e têm muito lucro com isso. Nossa ideia é que os elementos construtivos sejam usados para a edificação de creches, escolas e casas populares, beneficiando sempre a comunidade.”
A competição teve o apoio do Rockefeller Foundation, Departamento de Housing e Desenvolvimento Urbano e Departamento de Estado dos EUA e o Ministério da Cidades do Brasil. Os outros dois projetos premiados são da Argentina e EUA.
Já pensou em uma usina como esta na sua cidade?

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