É para lá de normal o rolo de papel higiênico ir parar no lixo não reciclável. Até mesmo algumas das pessoas mais ecológicas, na hora da pressa, se esquecem de separar essa sobra comum do banheiro. Mas para a artista plástica Anastassia Elias não foi assim que aconteceu. Ela começou a juntar unidade por unidade para reciclagem até que um dia veio a ideia: por que não transformá-las em arte?
Explorando o lado artístico de um objeto que, a primeira vista, nada de arte parece conter, Anastassia criou peças compostas que reproduzem cenários sociais, ambientais e educativos. Trabalhando delicadamente e minuciosamente, ela descobriu os segredos da estética em miniatura e traz em seus pequenos quadros tridimensionais um olhar peculiar sobre o mundo.
As peças são elaboradas com uma técnica que permite que durante sua observação uma história seja contada, quebrando caráter estático da obra. Ao interagir com o rolo, o apreciador deve ir girando o objeto em 180º e aos poucos novos personagens e cenários vão surgindo, impressionando com o nível de detalhes.
Para cada um, são horas de trabalho, conta a artista, que manipula as peças de papel utilizando apenas cola e pinça: “Costumo selecionar o papel da mesma cor do rolo, o que gera a impressão de que as figuras de papel estão saindo de dentro dele”. As cenas escolhidas emocionam e tranquilizam ao mesmo tempo, dando até vontade de fazer parte do quadro, não é mesmo?
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