Foto: Martin LaBar
Botânicos do Reino Unido e dos EUA divulgaram na última quarta-feira, 29 de dezembro, uma lista com 1,25 milhão de nomes de plantas. A lista já é considerada a mais ampla do mundo e está disponível gratuitamente na internet.
Segundo os cientistas, a Plant List derá uma contribuição essencial para a preservação da flora global, já que contém os nomes científicos e comuns da maioria das espécies vegetais conhecidas, das ervas mais simples a legumes, passando pelas rosas, samambaias exóticas, musgos e coníferas.
De acordo com eles, as informações podem ajudar o trabalho de conservacionistas, desenvolvedores de drogas e pesquisadores que atuam em agricultura, unificando os nomes das plantas conhecidas.
“É crucial para pesquisas, previsões, vigilância de programas de preservação das plantas no mundo inteiro”, destacou o diretor dos Kew Gardens, Stephen Hopper, em um comunicado.
“Sem os nomes corretos, a compreensão e a comunicação sobre a vida dos vegetais se perderiam num caos, custariam somas faraônicas, além de colocar vidas em perigo, no caso de plantas utilizadas em medicina”, completou.
O banco de dados foi elaborado em uma parceria entre dois institutos renomados em botânica – o britânico Royal Botanic Gardens e o norte-americano Missouri Botanical Garden.
Os especialistas em botânica e em tecnologia de informação das duas instituições iniciaram suas pesquisas em 2008 para estabelecer esta lista como base de comparação entre famílias de plantas compiladas por Kew Gardens e o sistema Tropicos, um banco de dados alimentado desde 1982 pelo Missouri Botanical Garden.
Segundo os criadores, a ideia surgiu em 1999, durante um congresso com especialistas, que apontaram para a necessidade de se obter um cenário real da biodiversidade de plantas em nível mundial como forma de proteger as ameaçadas.
Em outubro, os 193 países membros da Convenção sobre a Diversidade Biológica reunidos em Nagoya no Japão, decidiram criar até 2020 um banco de dados on-line com toda a flora conhecida no mundo. Segundo um estudo divulgado em setembro pela União internacional de Conservação da Natureza, uma planta em cinco é ameaçada de desaparecimento.
Fonte: EcoD
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