Os moradores do bairro Jardim Helena, da zona leste de São Paulo, lideram o ranking dos distritos que mais usam a bicicleta como meio de transporte. Pedalar nas ruas planas é fácil e não custa nada, aliás, apenas a energia do próprio corpo.
Levar os filhos à escola de bike é uma prática bastante comum no bairro. Mas, por ser uma região periférica, nem todos têm condições de comprar uma bicicleta para os filhos. Mas, isso não é problema. Eles são levados nas garupas, nos quadros e até dentro de caixas plásticas amarradas ao bagageiro.
Algumas pessoas utilizam a bicicleta para trabalhar e quando o emprego é longe demais para traçar o caminho pedalando, a bike é deixada na estação de trem da CPTM. Elas ficam guardadas no bicicletário, enquanto o proprietário segue viagem.
No Jardim Helena também é crescente a moda de grupos de jovens ciclistas. Como parte de uma nova tribo, os adolescentes saem às ruas com bikes personalizadas para serem identificadas pelos usuários. Há grupos com até 50 bicicletas customizadas.
De toda a população residente no Jardim Helena 9% utiliza bicicleta. O índice foi comparado à Europa pela reportagem da Folha. Em Berlim, por exemplo, o percentual de uso é de 14%. Se por um lado o bairro possui índice de países europeus nesse quesito, por outro ele esta classificado com o sexto pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Na capital alemã, o uso da bike é muito incentivado. A cidade possui uma estrutura com cerca de 700 metros de vias exclusivas por quilômetro quadrado, já em São Paulo a média é de 30 metros por quilômetro quadrado.
O bicicletário da estação de trem próximo ao bairro está lotado. São 256 vagas para 1.403 usuários cadastrados. Diferente da estação Villa-Lobos, na zona oeste, que possui 266 vagas para apenas 60 cadastrados. A CPTM afirma que estuda ampliar as unidades da zona leste.
Um projeto cicloviário para as regiões da zona leste, Jardim Helena, Itaim Paulista, Itaquera e Guaianazes está pronto, mas não saiu do papel. O mesmo ocorre com projetos das zonas norte e sul. Todos eles foram substituídos pelas ciclorrotas não programadas da Mooca, Lapa e Butantã.
A CET não tem um prazo para que os projetos da zona leste sejam colocados em prática. Com informações da Folha.
Via: CicloVivo
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