Embora a compostagem em pilhas apresente a vantagem de não exigir equipamento especial, apenas algumas ferramentas como pás e enxadas, por exigir amplos espaços e volumes relativamente grandes de resíduos animais e vegetais, seu uso fica restrito às propriedades rurais, não podendo ser praticada por quem dispõe de um quintal na cidade, por exemplo.
Contudo, essas limitações de espaço e de quantidade de resíduos não impedem quem deseja reciclar seus resíduos orgânicos de realizar a compostagem. O uso de composteiras é indicado para quintais, varandas de apartamentos ou mesmo garagens, pois ocupam uma superfície pequena quando comparadas à pilha de composto aberta.
A composteira mais conhecida atualmente é uma caixa de madeira sem fundo nem tampa desenvolvida na década de 1940, na Nova Zelândia. A caixa neozelandeza tem um tamanho padrão: 1 metro por 1 metro na base e também 1 metro de altura, permitindo a circulação de ar pelas laterais.Quando cheia, ela pode ser desmontada e montada novamente ao lado da posição anterior, porque suas paredes laterais são removíveis. Ao transferir a matéria orgânica de uma posição para outra, a pessoa estará fazendo o revolvimento do material. Pode-se também contruir duas ou três caixas simultaneamente, para que a matéria orgânica seja transferida de uma caixa para outra. Em hortas domésticas ou jardins, o tempo para o enchimento da caixa pode ser de um mês ou mais.
Uma outra opção interessante para quem possui um quintal ou espaços de até 1 ha, é a composteira feita com cesto telado, que nada mais é do que um cilindro formado com tela plástica ou de galinheiro, dessas que se encontram em casas de material para horticultura e jardinagem. As vantagens do cesto telado é ser leve, resistente e não enferrujar.
"O mais importante em uma composteira, independentemente do tamanho e forma, é que ela permita a circulação de ar e comporte cerca de 1 metro cúbico de resíduos"; afirma o professor Marcelo Jahnel, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo. Essas regras limitam as dimensões da composteira de cesto telado:
- Se for muito alta (mais de 1,5 m), o peso do material deixará a base compactada demais, dificultando o revolvimento e impedindo uma aeração adequada.
- Se tiver menos de 1 metro de altura ou de largura, perderá calor e umidade.
- Se a largura ultrapassar 1,5 metro, o ar não penetrará no interior do composto
De acordo com as disponibilidades de materiais e a criatividade de cada um, podem ser construídos outros tipos de recipientes para compostagem, desde que se respeitem as regras anteriormente citadas. As vantagens de se construir a própria composteira são a economia de dinheiro e o aproveitamento de materiais disponíveis ou de fácil acesso na região. O importante é começar, pois uma vez experimentados os benefícios da compostagem, quem a realiza não deseja mais parar. Mas, não se preocupem, caros leitores: fazer compostagem não vicia, é apenas uma atividade apaixonante como todo aprendizado com a natureza que a Agroecologia nos proporciona.
Fontes:
"Manual de Horticultura Ecológica", João Francisco Neto, Ed. Nobel, 1995. "A Horta Intensiva Familiar", Lourdes Maria Grzybowwski, AS-PTA, 1999. "Cadernos de Reciclagem 06: Compostagem – A outra metade da reciclagem", Marcelo Jahnel, Cempre, 1998. "Adubo no Cesto", Revista Globo Rural, janeiro de 1998. |
Boa noite, Celina! Estive visitando seu blog sobre Adubos Organicos que por coincidencia, também vendo. Tenho interesse em divulgar meu trabalho com adubo de produção propria em grande escala. Gostaria de saber se voce tem interesse ou conheça alguem que tenha vontade de fazer alguma parceria. Obrigado!
ResponderExcluirBom Dia Worney,
ExcluirDesculpe não ter respondido antes, mas não via seu recado. Normalmente recebo um email dizendo ter um comentário a ser moderado, mas não recebi, e por isso não percebi que havia o seu. Posso ajudar na divulgação de seu trabalho em minha rede, e pesquisar entre meus conhecidos se existe interesse. Me passe por email mais detalhes sobre seu trabal Meu email está no blog Obrigada.