Pular para o conteúdo principal

Engenheiro cria sistema caseiro de captação de água da chuva e recebe da Sabesp conta zerada

O engenheiro Fábio Dugaich montou seu próprio sistema de captação da chuva |
 Montagem/Arquivo PessoalPost

Boa parte do Brasil está sofrendo com as consequências da crise hídrica. A cada dia surgem mais notícias sobre a dificuldade que diversas cidades estão enfrentando, além das previsões de que a água pode acabar de vez e em bem pouco tempo. Mas hoje não vamos reportar sobre a situação complicada por que passa a região Sudeste.

O Brasil Post conversou com o engenheiro mecânico Fabio Dugaich que, em plena crise, recebeu a conta de água da Sabesp zerada.

Não, ele e a família não ficaram o mês inteiro sem tomar banho. Dugaich implantou um sistema muito simples de captação e limpeza da água da chuva, e em 17 meses já economizou o equivalente a 17 caminhões pipa de 15 mil litros, em uma casa onde vivem quatro pessoas.


Tudo começou quando...

Durante suas férias em 2013, Dugaich testou encher uma piscina de plástico de 7,5 litros com água coletada da chuva, por uma tubulação improvisada. A velocidade com que ele conseguiu completar a tarefa foi impressionante: durou apenas três dias. A partir daí, surgiu uma ideia que iria ajudar o bolso do engenheiro e o meio ambiente.

“Eu mesmo arquitetei. O sistema é muito simples, funciona naturalmente por gravidade, não é automatizado. Pode ser montado em qualquer casa”, explica o engenheiro.

A água coletada no sistema é utilizada para praticamente tudo: tomar banho, escovar dentes, lavar roupas, lavar louças. “Substituímos integralmente a água fornecida pela Sabesp, ou seja, só não usamos para cozinhar e ingestão humana e animal, pois a água não é potável. De resto, utilizamos para tudo!”, explica Dugaich.

Resultado? A conta de água da família chegou zerada:


Ao descrever sua reação quando abriu o envelope da conta, Dugaich não esconde a felicidade: “Foi uma sensação de vitória! Tive certeza de que minha família não ficaria sem água numa crise hídrica de qualquer magnitude."

O sistema funciona assim...

Os materiais utilizados no sistema são basicamente: reservatório, bomba elétrica, filtro e tubulações plásticas para a condução da água – todos facilmente encontrados em lojas especializadas em piscinas. Sobre os produtos, ele conta que “são muito acessíveis, não têm restrições de compra e são muito baratos.”

Fábio explica que são quatro passos para o tratamento da água: a coleta, o tratamento biológico, o ajuste do PH e a decantação da sujeira. Os processos podem parecer um pouco complicados, mas o engenheiro garante: nada é impossível na prática.

Para se ter ideia do rendimento, em uma única chuva forte e persistente, Fábio consegue coletar cerca de 4.574 litros. Isso corresponde, para uma família de quatro pessoas como a dele, água para 11 dias.

Detalhe: a estrutura de coleta de Dugaich ocupa apenas cerca de 37% do telhado da casa. “Imagine se utilizássemos a metragem total? Forneceríamos água até para dois de nossos vizinhos!”

O custo total para construir o sistema foi de aproximadamente R$ 2.100. No oitavo mês, o dinheiro economizado pela família já havia pago o investimento.

Já são 17 meses com a nova solução. O engenheiro estima que tenha poupado nesse período, em média, 255 mil litros de água.

Alguma dúvida de que o investimento compensa? Veja fotos da reforma de Dugaich:

 
 

Fonte: Brasil Post

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Casas Sustentáveis

Diversos modelos e ideias ou projetos de casas sustentáveis bem legais! Divirta-se e apreciem os modelos sem moderação! Captação de água e circulação de ar que mantém a temperatura agradável.  Ideias para aplicar em casas já construídas! Telhado verde! Tendência e obrigatoriedade em alguns países! Este modelo apresenta novas tecnologias! Lâmpadas com energia eólica! Captação de água e armazenamento. Fonte: Bioconservation

Aprenda a produzir gás metano em casa com um Biodigestor Caseiro

A geração de lixo, felizmente, pode ser uma aliada ao seu bolso e ao meio ambiente. A produção de gás natural é feita a partir do processo anaeróbionatural de decomposição realizado dentro de um biodigestor, o qual produz em especial o gás metano que tem um potencial de agravamento do efeito estufa muito maior do que o CO². Por conta disso, a utilização do metano como combustível -para fogões, por exemplo- passa a se tornar uma alternativa mais limpa, pois a partir desse processo você evita que metano seja liberado para a atmosfera naturalmente. Além disso, outro ponto positivo para a adaptação de um biodigestor caseiro é a autonomia gerada pela produção residencial do gás, pois após feito o biodigestor, você não precisará mais se preocupar em comprar gás butano. Já podem ser encontrados vários tipos de biodigestores a venda por um preço não tão elevado, contudo, essas câmaras de decomposição possuem um funcionamento tão simples a ponto de você poder produzir o seu próprio bio

Como Assentar um Piso Drenante?

O piso drenante não é apenas um piso pré moldado em placas de concreto drenante, é na verdade um sistema que engloba os materiais de assentamento formando uma escala granulométrica que drena as águas pluviais para o solo. As placas de piso não podem ser assentadas diretamente sobre a terra, pois a mesma irá entupir os vazios da placa de concreto evitando o correto funcionamento. A placa drenante deve ser assentada em um colchão drenante da seguinte forma de acordo com o manual técnico da Segato Pisos do Brasil: -Espalhar sobre o solo compactado uma camada de brita de aproximadamente 12cm de espessura. -Sobre a camada de brita, espalhar uma camada de Areia de aproximadamente 7cm de espessura. -Fazer colocação das placas usando uma linha de nylon para orientar no alinhamento e nivelamento. -A colocação tem que ser feita de forma que as peças fiquem travadas. Seguindo essas regras, teremos um piso ecologicamente correto podendo participar dos projetos com princípios