A bioconstrução - conjunto de técnicas para construir edifícios com terra e fibras vegetais, como madeira de demolição e bambu, por exemplo, é uma maneira rápida, barata e sustentável de construção. Pau a pique, taipa de pilão, tijolo de adobe... Essas antigas técnicas foram aperfeiçoadas, surgindo outras como o superadobe e revestimentos como o calficite. Essas técnicas diminuem a variação de temperatura dentro da construção: em uma casa de tijolo cerâmico a temperatura pode variar de 17ºC a 34ºC, enquanto na bioconstrução, com parede de terra medindo 25cm, a temperatura varia somente de 22ºC a 28ºC.
O que queremos mostrar neste post de hoje é que esse tipo de construção pode ser visualmente muito interessante, cheia de cores e novas formas, verdadeiras obras de arte.
Apartamentos Kunst - Viena.
Projeto do arquiteto austríaco Friedensreich Hundertwasser.
“Paraíso do Vinho” - Eisenheim, Alemanha.
Casa projetada por Friedensreich Hundertwasser.
Hotel em Styria - Áustria.
Projeto de Friedensreich Hundertwasser.
Arquitetos revisitam técnicas como adobe, pau a pique e taipa de pilão para construir edifícios mais confortáveis com madeira, bambu e barro
Edifício de apartamentos em Darmstadt - Alemanha.
Projeto por Friedensreich Hundertwasser.
Se você está achando uma equação difícil construir rápido uma casa confortável e barata, saiba que a resposta pode já estar em seu terreno. A chave para o problema pode ser a bioconstrução, um conjunto de técnicas para construir edifícios com terra e fibras vegetais, como madeira de demolição e bambu.
Apesar do nome moderninho, a bioconstrução emprega tecnologias conhecidas por qualquer um que já tenha passado férias no interior do país: pau a pique, taipa de pilão e tijolos de adobe, por exemplo. Mas não espere casas infestadas de insetos e derretendo com a chuva. Os bioconstrutores aperfeiçoaram a construção com terra, inventando novas tecnologias. Um exemplo é o superadobe, em que sacos cheios de terra compõem paredes e domos capazes de aguentar climas extremos, como o de desertos ou regiões onde neva. Além disso, novos revestimentos aumentam a durabilidade das paredes de terra - como o calfitice, uma mistura de cal, fibra, terra e cimento que aumenta a durabilidade dos prédios. Outra novidade: os arquitetos misturam essas tecnologias a técnicas mais comuns, empregando, por exemplo, fundações de concreto.
A chamada "arquitetura de terra" também diminui a desagradável variação de temperatura no interior das construções. “Em uma casa de tijolo cerâmico, a temperatura varia de 17º C a 34º C”, conta o arquiteto paulistano Gugu Costa, citando pesquisas do arquiteto alemão Gernot Minke. “Já nas casas com paredes de terra medindo 25 cm, a temperatura varia menos: de 22º C a 28º C”, complementa. Na galeria abaixo, apresentamos dezoito obras construídas pelo mundo com técnicas de bioconstrução.
Casa Akil Sami - Dashur, Egito. Sa Bassa Blanca Casa de Campo - Maiorca, Espanha.
Projetos do arquiteto Hassan Fathy.
Nova Gourna - cidadezinha foi projetada por Hassan Fathy, a pedido do governo egípcio, interessado em retirar a população que vivia nas ruínas das necrópoles dos Faraós em Luxor.
Casas de Superadobe, Estados Unidos. Construídas com sacos cheios de terra empilhados, essas casas aguentam o calor do deserto californiano. Imagem deste link.
Edifício de pesquisa no Instituto de Tecnologia da Índia.
Projeto de Gernot Minke.
Casa em Ecovila de Kassel, Alemanha.
Também projetada por Gernot Minke.
Prédio de escritórios com o domo feito de palha, projeto do arquiteto Gernote Minke, em parceria com o estúdio Createrra, em Hrubý Súr, Eslováquia.
Hotel Crosswater - China. Igreja privada - Colômbia.
Projetos do arquiteto Símon Veléz.
Pizzaria O Pedal - São Paulo.
Projeto do arquiteto Gugu Costa.
Interior da Pizzaria O Pedal - São Paulo.
Projeto do arquiteto Gugu Costa.
Fonte: AEAJS
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