Prisma de garrafas pet, brises e prateleiras de luz são alternativas
Biblioteca com pé direito de 7 metros e ampla área de vidro orientado para o sul na escola internacional do Grupo Positivo
(crédito: Petinelli)
O caso do Positivo
No projeto da escola internacional do grupo Positivo, foram considerados conceitos de aproveitamento de iluminação natural, conforto e ganho térmico desde as fases iniciais de projeto. Todas as salas foram projetadas para dimerizar as lâmpadas de acordo com a incidência solar. Brises externos foram projetados para reduzir o ganho térmico e proteger os alunos com relação ao ofuscamento. O tipo de vidro foi escolhido com cuidado, considerando questões térmicas e visuais. Neste projeto foi utilizado o recurso de simulação computacional e todas as medidas foram exaustivamente testadas para que a melhor solução fosse aplicada. O resultado foi um sistema de iluminação 74% mais eficiente, que gera uma redução de consumo de R$ 43.000,00 por ano para a escola. Todo o projeto foi realizado dentro do budget definido pelo proprietário, isto é, sem nenhum custo adicional, apenas utilizando inteligência de projeto e ferramentas de simulação.
Centro logístico Ecopark
Outro projeto que utiliza com sucesso a iluminação natural é o centro logístico Ecopark, que possui um galpão com 50.000m2. Galpões logísticos têm um alto potencial de redução de consumo de energia através do aproveitamento da iluminação natural. A iluminação representa mais de 60% do consumo de energia nesse tipo de edifício. Foram estudadas estratégias para otimizar o formato e a porcentagem de área translúcida das aberturas zenitais. A ferramenta da simulação foi utilizada para contabilizar os benefícios. Os resultados são grandiosos: utilizando-se um sistema de iluminação eficiente em conjunto com a iluminação natural, comprovou-se uma redução de R$ 1 milhão ao ano no consumo de energia e um payback de 8 meses com relação ao investimento adicional.
Prisma de luz e garrafas pet
Vila Verde cita como uma solução interessante a apresentada pelo escritório Andrade Morettin Arquitetos, de São Paulo. Em seu projeto para a Residência AA, o uso da iluminação natural não se limita ao emprego de esquadrias. Nela, os limites convencionais da iluminação zenital são superados através do emprego de um grande prisma de luz automatizado, como um componente de condução. Feito de estrutura metálica e vidro fosco, o elemento funciona como uma grande luminária que, alimentada pela luz do sol, traz luz natural ao interior da casa.
Tal estratégia pode ser encontrada em opções mais simples e econômicas, segundo ele. A solução, inventada por um brasileiro e adotada em habitações de famílias carentes nas Filipinas e na África, consiste em garrafas plásticas preenchidas com uma solução de água e cloro as quais, instaladas em buracos no teto, são capazes de “espalhar a luz solar” no interior de ambientes escuros durante o dia, dispensando o uso de energia elétrica.
A escola internacional do Grupo Positivo e o Ecopark são empreendimentos que contaram com a consultoria da Petinelli.
Fonte: Portal E A
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