Os jardins filtrantes (ou fitorestauração) é uma tecnologia que consiste no uso de plantas nativas para tratar esgotos domésticos e efluentes industriais. Através da fitorestauração podem ser condicionados os lodos de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), eliminando a necessidade de disposição de aterros sanitários, produzindo, então, um composto fertilizante. Através da aplicação dessa técnica, podem ser recuperados solos contaminados e revitalizados rios e lagos.
Por ser uma técnica recente e sua aplicação ainda conhecida por poucos, você pode estar se perguntando:
Como uma técnica aparentemente simples pode trazer tantos benefícios para o meio ambiente?
O tratamento dos resíduos é feito por meio de uma seqüência de jardins, formados por tipos de plantas aquáticas. Cada jardim tem plantas com raízes capazes de absorver e filtrar determinado tipo de resíduos promovendo, assim, uma etapa do processo de despoluição da água.
Jardins filtrantes para tratamento de esgoto:
Jardins filtrantes para tratamento de lodo sanitário e efluente industriais:
Ao final da ultima etapa do processo, restará uma água tratada, porem não potável. Essa água poderá ser usada em irrigação, formação de lagoas e em processos industriais.
Como os jardins filtrantes podem ser aplicados e serem economicamente viável?
Com tecnologia de simples compreensão, a fitorestauração no tratamento de esgotos indústrias, por exemplo, além de utilizar vários tipos de plantas, obtém sucesso porque o custo é baixo. O preço para instalação é apenas 20% abaixo de uma ETE convencional, agrande diferença se dá na manutenção que, por não utilizar produtos químicos e a capacitação da mão de obra ser simples, diminui consideravelmente os custos em comparação com a ETE. Um jardim médio, para cuidar do esgoto de uma cidade de 10 mil habitantes, custa em torno de R$ 2 milhões.
Como essa tecnologia tem como base a absorção dos resíduos pelas plantas, não há decomposição dos resíduos ou qualquer processo químico que resulte em geração de gás, eliminando o mal cheiro durante o processo de tratamento. Isso possibilita a aplicação dessa tecnologia em locais próximos a moradias ou locais públicos.
Onde os essa técnica pode ser aplicada?
Alguns dos pilares no desenvolvimento de projetos de jardins filtrantes são o paisagismo, economia, gestão e a biodiversidade. Aliar esses pilares ao tratamento é o desafio para os projetistas, entretanto há diversas aplicações bem sucedidas dessa tecnologia. Entre elas podemos citar como destaque da perfeita harmonia entre os pilares dessa técnica:
Hoje com a necessidade que o mundo tem de tecnologias limpas e economicamente viáveis, a fitorestauração de resíduos se mostra como uma técnica de vanguarda no processo de recuperação de solos e, conseqüentemente, para a preservação do meio ambiente.
OBS.: Essa é uma tecnologia francesa, mas a empresa responsável pelo processo no Brasil é a Phytorestore Brasil, a matriz da empresa fica em Paris e sua filial no Brasil é localizada em Campinas (SP).
Fonte: Arquitetônico
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