Baixo custo e consciência ambiental: bioconstrução em superadobe passo -a- passo:
Quando se trata de construção natural, o melhor a fazer, para ilustrar uma possibilidade, é trazer exemplos concretos e reais das experiências que sempre são aplicadas quando se pratica a bioconstrução assim como o conhecimento ganho com a mescla de técnicas milenares com materiais modernos e medições. Claro que este post não se propõe a ser o guia definitivo para construir sua casa, porém será sempre um exemplo e uma instrução, aumentando o seu grau de intimidade com o assunto, lembrando sempre que as diversas situações exigem caminhos diferentes de cada bioconstrutor. Olhando através e além do exemplo que o Jardim Do Mundo traz hoje, agregado a algumas pesquisas a cerca de eficiência térmica e outros pormenores práticos e estéticos, aliado a uma mãozinha dos amigos, qualquer um será capaz de erigir o seu próprio cantinho, só não vale fazer corpo mole diante do um grande desejo que é construir a casa própria.
Neste artigo vamos ver o passo -a- passo de uma construção feita em superadobe.
A técnica da terra ensacada, também chamada de “superadobe” é um processo de construção, no qual sacos de polipropileno são preenchidos com solo argiloso e moldados de acordo com a estrutura desejada. Sobre o processo, trazemos imagens e comentários da construção de uma pequena casa de campo, lançando-se mão desta mesma técnica citada acima.
1 – Implementação de fundações:
Uma vez que o piso é feito, uma trincheira de cerca de 50cm por 40cm de largura foi escavada. Tudo coberto com plástico grosso para isolar a umidade. A primeira rodada de fundação levou mais cimento, 25%, para dar mais estrutura para a base. A segunda rodada então seguiu com uma mistura normal.
2 – Os sacos foram cheios e procede-se a colocação de arame farpado entre os suportes de cada linha para dar aderência.
A mistura tomou TERRA + 5% DE CIMENTO e água. Não deve se tornar lamacenta, mas bem molhada. O ponto de mistura certo você pode verificar quando se toma um punhado com a mão ele não deve se despedaçar ao pressionar mas sim manter uma boa liga.
2.1 – Este rolo é o saco de polipropileno é preenchido com a mistura de solo.
Para o enchimento dos sacos existem vários métodos. No exemplo utiliza-se uma folha de metal em forma cilindrica no qual toda a extensão do saco é colocada, deixando uma ponta livre para o preenchimento.
Os sacos cheios são empilhados e entre os mesmos coloca-se uma linha de arame farpado, como comentado acima para garantir a aderência e para que não haja deslizes quando se der o pilonamento. No caso de tetos abobadados usa-se duas linhas de arame farpado para garantir a aderência.
Uma vez o saco preenchido, deves-e obstruir as pontas e posicionar o saco sobre o arame farpado fazendo com que o mesmo fique bem posicionado entre os sacos empilhados. em seguida deve-se proceder uma compactação através do pilonamento.
3 – Colocam-se as aberturas a medida que os sacos vão completando a estrutura.
Pode-se aplicar algumas algum material entre os sacos, como por exemplo, madeira, para construção de detalhes como estantes acopladas a estrutura.
4 – Prossegue-se o empilhamento até alcançar a altura ideal onde inicia-se o teto.
5 – A estrutura de sustentação do telhado é aplicada com postes de madeira.
6 – Aplicação de uma membrana impermeável para a vedação do teto.
Vista interior do telhado:
7 – pisos, reboco dos interiores e pintura de cal.
8 – Detalhes do interior
9 – Detalhes do exterior.
Assista o Vídeo:
Fonte: Jardim do Mundo
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