O edifício está localizado em uma encosta, nas Dolomitas, na borda de uma área residencial. O volume foi, em parte, determinada pelos elementos funcionais necessários para hospedar seis apartamentos independentes, com um núcleo comum de circulação. Uma incisão formal, marca o principal acesso e a divisão das unidades, dividindo o volume principal em duas metades. Além de suas conotações funcionais, esta incisão torna-se o elemento definidor do edifício. De ambos os lados do corte, uma tira se desdobra para formar a balaustrada de uma varanda generosamente coberta que se funde com a topografia circundante. Dando seguimento a encosta íngreme e natural com cada andar, as tiras e fachada saltam para trás.
PROGRAMA
O edifício abriga seis generosos apartamentos de férias, todos voltados para o sol do sul e para a vista panorâmica das Dolomitas. Cada unidade é projetada para maximizar a privacidade através de (1) a divisão do volume de construção em duas partes, e (2) através das balaustradas escalonadas que bloqueiam os espaços de esplanada de vista da unidade de cima e de transeuntes. Cada apartamento goza de uma extensão da sala de estar interna através de um terraço-solar frontal coberto, e com vista frontal, que termina em um pequeno jardim privado. Madeira de larício local define áreas de estar internas e externas. Uma visão máxima do chão ao teto permite ganho solar a habitação. Sombras projetadas pelas varandas surgem minimizando o superaquecimento durante o verão.
A circulação principal, uma continuação da incisão formal, é muito compacta onde foi utilizada a mesma madeira local em larício, da fachada.
MATERIAL
Situada na borda de uma área residencial com uma aparência muito eclética, foi criado um volume que cresce fora de sua topografia circundante e em harmonia com ele, se limitando ao uso de material local, quase que um código vernacular: madeira de larício e cobre pré-oxidado. Tanto o cobre quanto a madeira lariço estão sujeitas a uma mudança natural em sua cor pela influência atmosférica do sol, chuva e neve. Por empréstimo das fazendas vizinhas com seus tons escuros, as fachadas de madeira lariço queimadas pelo sol, o edifício se integra ao ambiente natural.
Foi dada atenção à concepção das balaustradas de cobre que decorrem da topografia natural, e envolvem o prédio com seu entorno na incisão central, descolando novamente e terminando mais uma vez na topografia circundante. Quando descascando, as folhas de metal, divididas em faixas horizontais, descrevem uma curvada geometria hiperbólica parabolóide. Aqui, o conhecimento do artesão é mostrado em toda sua extensão.
O cobre escuro rodeia o volume por todos os lados. As tiras formam uma segunda pele, oferecendo abrigo e definindo o telhado como uma continuação da fachada e do volume geral da construção. A forma do telhado por si só, desenhada com bases na regulamentação de planejamento local, permite apenas um telhado inclinado para este lote específico do edifício. Ligeiramente deformado, ele se funde com o conceito de design dos Arquitetos, bem como com a tradicional tipologia do telhado inclinado; não apenas através da repetição, mas sim explorando o seu potencial escondido.
Construída em Sesto, Itália em 2012 com uma área de 1500m², em parceria com: Eva Castro, Holger Kehne, Ulla Inferno.
ARQUITETOS: David Preindl e Ulla Inferno
EQUIPE: Nicoletta Gerevini, Peter Pichler, Daniela Walder, Maya Shopova
ASSESSORIA: Erlacher Andreas (Engenharia de Estruturas), Alfred Jud (Fire Safety e Serviços), Georg Mutschlechner (Serviços de Engenharia), Ralf Pellegrini (Security Management), Sulzenbacher Ursula (Engenharia Geológica), Hertha Hurnaus (Fotografia)
Fonte: Plasma Studio
Comentários
Postar um comentário