A exploração da energia solar ainda engatinha no Brasil/Foto: Eduardo Amorim
As previsões promissoras para o mercado futuro de energia solar já impulsionaram investimentos importantes no setor em todo o mundo. No Brasil, a MPX Energia, companhia do grupo EBX, anunciou, no início de 2008, um projeto para a implantação de um parque de energia solar no Ceará (já em construção) com potência de 50 MW. O projeto deverá resultar na primeira usina solar comercial no país.
A iniciativa inclui uma parceria com a empresa chinesa Yingli, fabricante de equipamentos de geração fotovoltaica, que considera instalar uma unidade produtiva no Estado. A exemplo do que já é uma realidade em São Paulo, onde o governo municipal prevê a instalação de um aquecedor solar em edificações com quatro ou mais banheiros, também já existe um grupo de empresas brasileiras iniciando investimentos na produção de painéis solares para instalações em residências.
A expectativa no setor é que esse mercado impulsione a venda dos equipamentos e abra caminho para ações mais abrangentes no futuro. O principal obstáculo para a geração solar em escala comercial é o custo das células fotovoltaicas. A instalação de uma usina solar é de cinco a 15 vezes mais cara do que a de uma termoelétrica de mesma potência, abastecida por gás natural.
Painel para a captação de energia solar em Barcelona, na Espanha/Foto: Carlos Caicedo
Ainda pouco desenvolvida no Brasil, a geração fotovoltaica de energia elétrica é feita atualmente em caráter experimental, em comunidades afastadas da rede de eletricidade. Com capacidade de 0,02 MW, a usina de Araras, em Rondônia, é a única solar do país registrada na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Todavia, países como a Alemanha, Estados Unidos, Espanha e Japão, que concentram 93% de toda a energia elétrica de origem solar do mundo, mostram que a exploração dessa matriz energética não é algo tão inimaginável e inviável de se executar.
No caso japonês, segundo maior país em energia solar, com 1.918 MW instalados em 2007, o sistema chamado grid-connected distributed foi à solução. Ele é formado por milhares de painéis solares instalados em residências, mas interligados com a rede nacional de energia.
Fonte: EcoDesenvolvimento
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