Por Marcos Lima
QUAL A MELHOR LÂMPADA? Elas foram vedetes na época do apagão. Com a promessa de economizar até 80% de energia, as lâmpadas fluorescentes tomaram o lugar de milhares de incandescentes. Hoje, especialistas ponderam que a substituição precisa de critérios. "Ao acender, a fluorescente consome quase 50% mais do que gasta para se manter ligada", explica Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação).
Por isso, em locais de uso intermitente, sua vida útil diminui e ela pode perder a vantagem econômica. "A incandescente, nessas condições, é mais adequada. Use um sensor de presença ou um dimmer a fim de reduzir o consumo", ensina o designer Guinter Parschalk, especialista em iluminação. "Em ambientes que pedem aconchego, a incandescente ainda é insubstituível", avalia o designer Fernando Prado. Na comparação, esse tipo de lâmpada leva vantagem em outros dois pontos: é produzida no Brasil (diferentemente dos bulbos compactos, importados basicamente da China) e tem reciclagem bem mais simples.
DESCARTE RESPONSÁVEL
Cerca de 6 milhões de lâmpadas fluorescentes são descartadas anualmente no Brasil. A reciclagem, porém, não chega a 4% desse total. "É um problema ambiental em função da presença do mercúrio, que vai para o solo e os lençóis freáticos", alerta Carlos Pachelli, da Tramppo, tel. (11) 3039-8382, São Paulo, empresa que recicla o material. Em São Paulo, as lojas Dominici e La Lampe passaram a coletar o resíduo dos clientes. Outras recicladoras: • Bulbox, tel. (41) 3357-0778, Curitiba.
• Brasil Recicle, tel. (47) 3333-5055, Indaial, SC.
• Recitec, tel. (31) 3213-0898, Belo Horizonte.
A PROMESSA DOS LEDS
Aposta da indústria, os diodos emissores de luz (leds) colecionam qualidades como baixo consumo energético, flexibilidade nos projetos de iluminação e pouco impacto ambiental. "Ainda é algo novo, com preços altos. Mas o desenvolvimento de novas tecnologias tende a reduzir o custo", avalia o designer Fernando Prado. Em geral, a vida útil dessas lâmpadas é longa: chega a 50 mil horas. "Por isso, elas são recomendadas para áreas de difícil acesso, como piscinas, sancas e jardins", diz Guilherme Sartori, gerente de produtos da Osram. "E o ciclo de vida é mais sustentável, já que não há a contaminação no descarte e o alumínio ou aço da estrutura pode ser reciclado", diz Guinter Parschalk.
MANIFESTO POLÊMICO Banidas por lei na Inglaterra e na Austrália, as incandescentes agora estão na mira do novo guia de iluminação da União Europeia. A partir deste mês, ficam proibidos os bulbos brancos e, em setembro de 2010, 0os transparentes completarão a extinção dessas lâmpadas. O renomado designer de iluminação Ingo Maurer, contrário à nova regra, lançou o manifesto Euro Condom: uma fina cobertura de silicone, resistente ao calor, que transforma o bulbo transparente em branco. O lema da campanha? "Proteja-se de leis estúpidas."
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/casa-mais-sustentavel-503422.shtml
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