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FALANDO DE AFONSO EDUARDO REIDY

Citação
AFFONSO EDUARDO REIDY

conteúdo da página arquitetando    http://bhpbrasil.spaces.live.com/
 
Affonso Eduardo Reidy
(1909 – 1964)
 
histórico do arquiteto      Pioneiro da linha modernista, Affonso Eduardo Reidy juntamente com Lucio Costa e Oscar Niemeyer, transformou a paisagem arquitetônica brasileira. Nascido em 1909, em Paris, naturalizou-se brasileiro. Estudou arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro entre 1926 e 1930, tendo como influência Walter Gropius, Mies Van der Rohe e Le Corbusier.
 
Affonso Eduardo Reidy em visita à obra em 1950, fonte Livro Affonso Eduardo Reidy, Ed. Blau
 

A partir de 1932, ingressou, através de concurso, no quadro de funcionários públicos do Rio de Janeiro, na época Distrito Federal. Devido a este fator, seus trabalhos foram desenvolvidos especificamente para obras públicas, colaborando inclusive com o urbanista Alfredo Agache na elaboração do Plano Urbanístico do Rio de janeiro, atuando no planejamento da Esplanada do Castelo (1938) e posteriormente, no projeto do Ministério da Educação e Saúde, no Centro da cidade.

Sua obra foi marcada pela preocupação com o melhor aproveitamento do espaço, considerando especialmente a natureza e a paisagem dos locais onde seriam implantados os projetos. Sua carreira no serviço público coincidiu com a entrada do Presidente Getúlio Vargas no poder e estendeu-se até 1964, quando ocorreu o Golpe Militar que, abafou aos poucos as artes em geral no nosso país.
 
“Affonso Eduardo Reidy lutava por uma arquitetura social e econômica. Toda a sua obra foi realizada nesse sentido. Não se conhece um só projeto seu que não fosse para a comunidade. Não projetou palácios nem prédios suntuosos, pois era cônscio da responsabilidade social da arquitetura. Foi sempre um arquiteto sóbrio e revolucionário no que fez.”  (Carmen Portinho) (1)
 
Reidy exerceu suas atividades como arquiteto no período entre 1929 e 1964. Durante essa fase de nossa história, ocorreram a Revolução de 1930 e o Golpe Militar de 1964. Nesta época a arquitetura brasileira pôde ser desenvolvida de forma a contribuir para o crescimento do país. Sua morte em 1964 livrou-o da frustração de ver suas idéias e suas obras serem abandonadas pelo novo Regime instaurado.
 
projetos executados
 
Albergue da Boa Vontade, 1931       Construído durante o governo Provisório de Getúlio Vargas, a obra tinha por finalidade abrigar durante o período noturno, homens de rua. Reidy ganhou o concurso promovido pela Prefeitura e seu projeto passa a ser considerado um dos pioneiros da nova arquitetura no Rio de Janeiro.
 
“Os nossos arquitetos tivera, com o concurso para o anteprojeto de um albergue noturno, a oportunidade de revelar os seus conhecimentos nos assuntos modernos de arquitetura,... Em toda parte os arquitetos procuram resolver os problemas de arquitetura proletária dentro de princípios humanos. (...) O albergue noturno tem uma dupla finalidade: de socorro aos necessitados e ao mesmo tempo uma escola natural de higiene. Os arquitetos modernos não aconselham o albergue noturno como um edifício que apenas resguarda o sem-trabalho das vigílias ao relento. Os planos arquitetônicos desses edifícios obedecem a fins educacionais e humanos.” (2)
 
No projeto do Albergue da Boa Vontade, Reidy adota um partido bastante geométrico para a época. O acesso principal consiste numa grande abertura que permite ao usuário total ligação entre o espaço urbano e o pátio interno do edifício. A planta é simétrica, destacando-se apenas a área onde está localizada a dispensa, onde foi adotada forma arredondada. As janelas foram colocadas de forma horizontal por toda a fachada, além da utilização de laje plana na cobertura, uma inovação no Brasil.
   
Conjunto Habitacional do Pedregulho, 1947        No projeto percebe-se nitidamente a preocupação de Reidy com o homem. Enfoca os espaços abertos e as áreas além da unidade habitacional. Defende que “habitar não se resume à vida no interior de uma casa (3).  Propõem a composição entre a moradia e o espaço externo, instalando serviços complementares às famílias na mesma área do edifício principal.
O complexo foi construído no Morro do Pedregulho em São Cristóvão, Rio de Janeiro, em 1947, pelo Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal e destinava-se a atender à demanda habitacional de funcionários públicos do Estado. O projeto paisagístico é de Roberto Burle Marx e os painéis artísticos de autoria de Candido Portinari, Burle Marx e Anísio Medeiros. 
 
  Affonso Eduardo Reidy - Pedregulho - croqui da fachada principal
 
O projeto como um todo reúne várias áreas e edifícios distintos, num mesmo espaço. Sua idéia era atender às necessidades tanto de moradia, quanto de saúde, educação e lazer. O Conjunto Habitacional do Pedregulho apresenta-se da seguinte forma:
O projeto compreende quatro blocos residenciais. O bloco A, tem 260 metros de extensão, e possui 272 apartamentos de diferentes tipos. Está situado na parte mais elevada do terreno e segue a forma sinuosa do morro localizado atrás dele. Duas pontes ligam o acesso a um pavimento intermediário que é parcialmente livre, composto por colunas grossas, no qual as crianças podem brincar nos dias chuvosos e nos horários de muito sol. Nesta mesma área, serão instalados os serviços de Administração e Serviço Social, a escola maternal e as escadas coletivas que darão acesso aos demais pavimentos.
Nestes pavimentos residenciais, de 50 em 50 metros estão localizadas as escadas. Os dois pavimentos inferiores possuem apartamentos de apenas um andar, os demais apartamentos, são duplex de um a quatro quartos.
“A solução duplex foi adotada para a maioria dos apartamentos por ser aquele que oferece maior rendimento, pela possibilidade de atingir, sem elevador, a quatro pavimentos, e permitir, mediante maior profundidade do bloco, o mínimo de testada, aumentando desta forma o número de unidades do bloco.” (3)
 
 
Os outros dois blocos, de 80 metros cada aproximadamente, possuem duas ordens de apartamentos duplex, com 56 apartamentos de dois, três e quatro quartos. Além destes blocos destinados à residência, o complexo possui uma escola primária, lavanderia comunitária e cooperativa.
A idéia de Reidy para o projeto da escola do complexo do Pedregulho era de não apenas atender às crianças moradoras do Conjunto, mas também, a comunidade do bairro como um todo. O projeto inclui ginásio de esportes, piscina, vestiários e campos de jogos ao ar livre.  O lado do ginásio que é virado para a piscina é guarnecido por largas portas basculantes que, quando abertas, transformam num só ambiente toda a área de esporte. As portas em posição horizontal atuam como marquise.
O Posto de Saúde destina-se especificamente a atender aos moradores do conjunto. O mercado, outro elemento do projeto, possui acesso de serviço, estacionamento para carga e descarga de mercadorias e acesso público. O edifício tem o teto central rebaixado facilitando a circulação de ar. A lavanderia proporcionaria aos moradores, serviço de lavagem mecânica facilitando o serviço doméstico.
Pensando na circulação, o arquiteto optou em seu projeto pela total separação entre pedestres e veículos. O pedestre tem a oportunidade de circular entre todos os elementos construídos, sem precisar atravessar ruas. Todos os blocos possuem estacionamento para veículos.
A preocupação de Reidy com a insolação e a ventilação, fez com que projetasse os blocos sob pilotis, proporcionando áreas abrigadas e ventiladas ao mesmo tempo.
 
Affonso Eduardo Reidy - conjunto Habitacional do Pedregulho, painéis de Portinari e Burle Marx
 
“Aproveitando as linhas acidentadas do terreno, o imponente volume do Conjunto Habitacional Pedregulho encontra-se equilibrado com a flexibilidade do desenho, avocando formas ondulantes do relevo local. As curvas do prédio principal respondem às curvas da encosta, segundo uma dialética formal, realçando sobremaneira as suas linhas. Foi a primeira grande obra projetada por Reidy onde impôs, com excelente arquiteto que era a característica de buscar soluções integradas que atendessem ao ponto de vista social. Foi o primeiro conjunto construído no Brasil com uma visão de programa e concebido atendendo às possibilidades formais do concreto armado.” (Carmen Portinho, 1999)
 
Conjunto Residencial Marquês de São Vicente, 1952       
“Este conjunto residencial está sendo construído em terreno situado para substituir uma “favela” existente no local, com aproximadamente 955 barracões, abrigando 5.262 pessoas em péssimas condições de higiene e sem nenhum conforto. Essa “favela” resultou da degradação progressiva de um “parque proletário”, construído em 1942 pela Municipalidade, em madeira e em caráter provisório, para abrigar os egressos das favelas que vinham sendo extintas, naquela época, em outros bairros centrais. Essa população é constituída na sua grande maioria (70%) por famílias de trabalhadores com profissões estáveis e filiados ao Instituto e Caixas de Aposentadoria. Havia sido previsto, então, o prazo máximo de seis anos, findo o qual seriam os respectivos moradores transferidos para habitações definitivas.”(4)
 
O terreno onde foi implantado o projeto do Conjunto Residencial São Vicente, no baixo da Gávea, no Rio de Janeiro, configura-se de forma irregular, medindo 114 mil m2. Deste total, metade é plana e o restante estende-se pela encosta, atingindo o ponto mais alto do morro, com desnível de 60m. A encosta está voltada para o norte, tendo à sua frente o morro do Corcovado e à esquerda os morros Dois Irmãos; à direita a Lagoa Rodrigo de Freitas, aos fundos a praia do Leblon. O terreno é atravessado pelo rio Rainha. 
 
 
Para a implantação do projeto, foram feitas obras de canalização do rio Rainha e construída uma avenida de ligação do bairro do Leblon ao da Gávea. Para isso, foi necessário cortar a montanha, construindo um túnel sob ela (Túnel Dois Irmãos). No projeto, novamente são estabelecidas diferenciações entre circulação de veículos e pedestres. Os acessos por veículos são feitos perifericamente, onde também foram dispostos os estacionamentos.
 
Mais uma vez, Reidy utiliza-se da forma serpenteante no edifício residencial, colocado ao longo do morro, sobre o túnel. Mantém-se o andar livre, entre os pavimentos que abrigam os apartamentos. São projetados 748 apartamentos de vários tipos, assim como, creche, escola maternal, igreja, jardim de infância, escola primária, administração e serviço social. A taxa de ocupação é de 11,4% do total do terreno. Para a concepção estética do projeto, são utilizados pilares em V no andar intermediário.
 
“Quanto ao projeto do Conjunto da Marquês de São Vicente, na Gávea, também construído pelo Departamento de Habitação Popular sob minha coordenação, sua construção demorou mais tempo do que Pedregulho, porque seria muito maior. (...) Eram para ser construídos no terreno vários blocos, e só construíram um, justamente aquele curvo, como é hoje, assim mesmo interrompido diversas vezes. Estávamos sob o governo de Carlos Lacerda, (de) cuja orientação quanto à moradia popular eu discordava. Não tive outra alternativa a não ser pedir a minha aposentadoria e, logo depois, o Reidy também se aposentou, de modo que não tivemos mais nada com o andamento da obra...
Como o Pedregulho, o Marquês de São Vicente seguia a mesma filosofia, ou seja, os apartamentos seriam alugados e não vendidos aos funcionários da Prefeitura. Aí, antes mesmo de concluído, os políticos deixaram de lado os assistentes sociais que selecionavam os pretendentes e foram distribuindo apartamentos a torto e a direita. Como não podia deixar de ser, a coisa acabou degringolando.” (Carmen Portinho, 1988)
 
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1953       O projeto do MAM no Rio de Janeiro ocupa uma área de 130 m de extensão por 26 m de largura. Não possui colunas, oferecendo total liberdade para arrumação das exposições. Tem pé direito variável, em algumas áreas com oito metros de altura e em outras, com 6,40m ou 3,60m.
 
 
O corpo principal do museu, referente ao bloco para exposições, é constituído de quatorze pórticos em concreto armado, espaçados de 10 em 10m, vencendo um vão de 26m entre os apoios. Os montantes da estrutura bifurcam-se a partir do solo formando um V e entre eles foi montada a estrutura dos pavimentos. As fachadas que sofrem maior incidência solar, receberam quebra-sol móvel de alumínio.
 
 
MAM Rio de Janeiro - foto beatriz brasil, 2007 
 
Na construção do museu houve uma grande preocupação em utilizar materiais em seu aspecto natural, tirando partido de suas cores e texturas, com predomínio do concreto, alvenaria de tijolos, alumínio e vidro. Reidy recebeu severas críticas, inclusive pela diretoria do MAM, com relação à escolha dos materiais e acabamento. Nesta obra, o arquiteto optou como de costume, por adotar a racionalidade, selecionando os materiais pessoalmente.
 
“O terreno era só água, o desmonte do morro de Santo Antonio prosseguia... Ora, já tínhamos feito sondagens e verificamos que, pelo tipo de terreno, teríamos que fincar estacas de 16 a 20 metros de profundidade.”
 
  Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - croqui da fachada norte, perfil do teatro à esquerda
 
  Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - esquema dos blocos do Museu, 1. galeria de exposições, 2. bloco
 
“Para se ter uma idéia do tipo de terreno, para fiscalizar os trabalhos ou fincar as estacas, eu, os engenheiros e técnicos, íamos de bote por toda aquela água... Em Juno de 1955, (...) foi cravada a última estaca. (...) As obras  foram reiniciadas no princípio de agosto do mesmo ano, começando-se os trabalhos pelo Bloco-Escola. Procederam-se, então, os serviços de rebaixamento de lençol d’água, no trecho correspondente ao subsolo e a execução da estrutura. (...) As obras entraram em ritmo acelerado. ...O Rio caminhava para ter seu Museu de Arte Moderna, cuja divulgação do projeto arquitetônico obteve enorme repercussão no Brasil e no exterior através de publicações especializadas”. (Carmen Portinho, 1998)
 
Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - fachada posterior, varanda - fonte Livro Affonso Eduardo Reidy
 
Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - planta do 2o. pavimento, fonte Livro Affonso Eduardo Reidy, Arquiteto.
 
Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - planta do 1o. pavimento e do subsolo, fonte Livro Affonso Eduardo Reidy, Arquiteto.
  Affonso Eduardo Reidy-MAM - RJ - planta do pavimento térreo, fonte Livro Affonso Eduardo Reidy.
 
“Pensado para dialogar com a paisagem - a horizontalidade da composição para fazer frente ao perfil dos morros cariocas -, as fachadas envidraçadas, trazendo para o interior o paisagismo de Burle Marx, o projeto de Reidy apresenta-se racionalista e plástico a um só tempo. Não há distância entre a estrutura e a aparência final. Os vãos livres têm um fim prático: a liberdade de composição oferecida ao espaço expositivo, o convite ao jardim no plano térreo. Do cuidado com o concreto aparente à escolha dos granitos e pedras portuguesas, o projeto ganha o parque.” (5) 
 
Sede do Instituto de Previdência do Estado da Guanabara/IPEG, 1957     
“Este edifício será a sede de uma instituição destinada a conceder pensão e auxílios de assistência social aos beneficiários de seus contribuintes.” (Memorial para construção).
A partir do plano de urbanização da Avenida Presidente Vargas vários terrenos tornaram-se disponíveis para novas construções. O edifício do IPEG está situado num terreno de esquina, com sua fachada principal voltada para a Avenida Presidente Vargas e lateral, para a Avenida Norte Sul. A face oeste, que recebe grande insolação no período da tarde, recebeu sistema de brise-soleil parcialmente removível, constituído por placas horizontais e verticais.  Comissão de Arquitetura e Engenharia responsável pela execução do projeto, 1959 (6)
 
A estrutura do edifício foi toda composta em aço, proporcionando rapidez na construção e redução nas seções das colunas nos primeiros pavimentos. Possui vinte e dois pavimentos, uma sobreloja e um subsolo. Foi a primeira vez que foi utilizado esse tipo de estrutura na construção de um prédio no Rio de Janeiro.
 
Ministério da Educação e Saúde, 1936      Não poderíamos deixar de mencionar o edifício do Ministério da Educação e Saúde situado na Esplanada do Castelo, no Rio de Janeiro que foi elaborado pela equipe composta por Lúcio Costa, Carlos Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira, Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy, com projeto paisagístico de Burle Marx e consultoria de Le Corbusier.
 
Ministério da Educação, Rio de Janeiro - projeto conjunto, Lucio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão e outros.
 
O edifício apresenta as seguintes características: fachadas livres da estrutura funcionam como simples vedação; todo o esforço concentra-se nos pilares internos; instalação no piso de rede para telefones, luz e demais equipamentos utilizados na época, dentre outras. O partido adotado desenvolveu-se verticalmente, assim, parte do terreno ficou livre afastando o edifício dos demais já existentes. Foi criada uma grande praça no pavimento térreo realçando a construção. Nas fachadas foram utilizados os brise-soleis como forma de conter a insolação. Este elemento foi proposto por Le Corbusier e constituiu-se numa série de placas adaptadas à fachada de forma móvel assim elaboradas:
 
“O sistema empregado no edifício do Ministério da Educação e Saúde consiste em lâminas verticais fixas de concreto ligadas aos pisos e placas horizontais basculantes de Eternit, armadas em ferro...
As básculas serão constituídas por placas duplas de cimento-amianto, cujas propriedades isotérmicas são conhecidas. Plasticamente, procuramos encontrar solução que, pela sua unidade, proporção e pureza, se destacasse das construções vizinhas. Isso poderá observar quem vier pela Av. Beira-Mar, de onde o prédio ora em construção se destaca no conjunto não apenas pela sua altura, pois é pouco mais alto que os que o cercam, mas pela pureza de sua forma, que o contraste com o ambiente mais acentua.
Nesse conjunto, pintura e escultura tem cada qual o seu lugar, não como simples elementos decorativos, mas como valores artísticos autônomos, conquanto fazendo parte integrante da composição, que enobrecem e completam.”(6)
   
Affonso Eduardo Reidy mesclou em seus projetos, a influência intelectual de Lucio Costa e da utilização de elementos introduzidos por Le Corbusier, como os “5 pontos para uma nova arquitetura”.
Apesar desta influência, suas obras são valorizadas pelo modo como foram desenvolvidas e adaptadas à realidade dos locais onde foram construídas. Reidy utilizou um pequeno número de elementos que se repetem em cada um de seus projetos sendo utilizados de acordo com a função de cada um deles, adaptando ao sítio e ao programa elaborado. Seu repertório vai gradativamente sendo aperfeiçoado de acordo com o tipo de projeto e adaptando-se às relações formais e funcionais, assim como entre todos os elementos do entorno.
Sua maneira de projetar enfocando resolver o maior número possível de temas arquitetônicos e de tratar os problemas como se fossem únicos e precisassem de soluções especiais, além de seu domínio da escala urbana, produziu obras modernas totalmente integradas à cidade tradicional.
  
(1)     Carmen Portinho. Engenheira Civil. Estudou sobre habitação popular na Inglaterra. Em 1947, assumiu a Diretoria do Departamento de Habitação Popular da Prefeitura do Rio de Janeiro. (1903-2001)
(2)     Arquiteto Nestor B. de Figueiredo. Presidente do Instituto Central dos Arquitetos, 1931.
(3)     Affonso Eduardo Reidy. Ed. Blau. Instituto Lina Bo e P. M. Bardi. Pp.92.
4) Levantamento para implantação do Conjunto. Affonso Eduardo Reidy e Carmen Portinho, s/d)
(5) Centro de Memória do Museu de Arte Contemporânea do RJ
(6) Memorial descritivo do projeto publicado pela Revista Arquitetura e Urbanismo, 1939.


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