Pular para o conteúdo principal

Brasil poderá ter frota de ônibus movido a hidrogênio até a Copa de 2014

Ônibus a hidrogênio em testes na garagem da Metra, em São Bernardo do Campo (SP). Brasil tem experiência com ônibus movido a hidrogênio há cerca de três anos, mas são poucas unidades/Foto: Adamo Bazani

O Brasil poderá ter uma frota de ônibus movida a combustível limpo para rodar nas capitais já durante a Copa de 2014. Os veículos híbridos serão movidos a hidrogênio e baterias elétricas, emitindo apenas vapor de água. A expectativa é do cientista Paulo Emilio de Miranda, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de pós-graduação e pesquisa em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O lançamento da segunda versão do protótipo, criado por ele e sua equipe, foi divulgado na quarta-feira, 13 de junho, na Rio+20.

A autonomia do ônibus desenvolvido pelo laboratório de hidrogênio da Coppe é 500 quilômetros, suficiente para um dia de operação urbana, podendo ser recarregado no período da noite quando não estiver em operação. O veículo tem capacidade para 70 passageiros e é desenvolvido desde 2005. O projeto já recebeu investimentos de R$ 15 milhões.

Miranda destacou que o uso do hidrogênio como combustível é uma tendência irreversível em todo o mundo e o Brasil domina a tecnologia com a possibilidade de ser imediatamente comercializável. “Já é um protótipo pré-comercial, não é mais um desenvolvimento laboratorial. O que falta para ele ser comercial é utilizá-lo.”

Segundo o cientista, os motores a hidrogênio já estão sendo usados em outros países, principalmente na Europa e no Japão. “Em 2006 a Europa fez um grande experimento de uso público de ônibus a hidrogênio, com 30 veículos em dez cidades, durante dois anos. E há um mês eles lançaram um novo ônibus a hidrogênio.”

Eficácia brasileira

Miranda sustentou que o modelo brasileiro é superior, pois tem maior autonomia e menor custo por quilômetro rodado. O primeiro ônibus europeu consumia 25 quilos de hidrogênio por 100 quilômetros rodados. O atual consome 14 quilos por 100 quilômetros rodados, e o brasileiro usa 5 quilos para a mesma distância.

“O grande diferencial do nosso ônibus, em relação a outros que foram desenvolvidos no mundo, é que o nosso sistema é híbrido. A tração é elétrica, e quando está rodando tem mais duas fontes de energia: uma é a pilha combustível, que gera energia a bordo, e a outra é a regeneração da energia cinética do movimento em energia elétrica, quando freamos ou desaceleramos.”

O valor de produção do protótipo foi R$ 1 milhão, mas o cientista acredita que o custo vá baixar no futuro com a produção em escala e o apoio público nas compras. Para o pesquisador, o uso do hidrogênio como combustível é inexorável. “Hoje em dia a forma menos custosa de produzir hidrogênio é por meio da reforma a vapor do gás natural. Ele também pode ser produzido em larga escala a partir de biogases, como rejeitos da agricultura, esgoto humano e animal. Além disso, uma das formas mais conhecidas de se produzir hidrogênio é com a eletrólise da água e o Brasil, que é abundante em água, tem todas as condições de se tornar um grande produtor de hidrogênio.”
Fonte: Portal EcoD

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Casas Sustentáveis

Diversos modelos e ideias ou projetos de casas sustentáveis bem legais! Divirta-se e apreciem os modelos sem moderação! Captação de água e circulação de ar que mantém a temperatura agradável.  Ideias para aplicar em casas já construídas! Telhado verde! Tendência e obrigatoriedade em alguns países! Este modelo apresenta novas tecnologias! Lâmpadas com energia eólica! Captação de água e armazenamento. Fonte: Bioconservation

Aprenda a produzir gás metano em casa com um Biodigestor Caseiro

A geração de lixo, felizmente, pode ser uma aliada ao seu bolso e ao meio ambiente. A produção de gás natural é feita a partir do processo anaeróbionatural de decomposição realizado dentro de um biodigestor, o qual produz em especial o gás metano que tem um potencial de agravamento do efeito estufa muito maior do que o CO². Por conta disso, a utilização do metano como combustível -para fogões, por exemplo- passa a se tornar uma alternativa mais limpa, pois a partir desse processo você evita que metano seja liberado para a atmosfera naturalmente. Além disso, outro ponto positivo para a adaptação de um biodigestor caseiro é a autonomia gerada pela produção residencial do gás, pois após feito o biodigestor, você não precisará mais se preocupar em comprar gás butano. Já podem ser encontrados vários tipos de biodigestores a venda por um preço não tão elevado, contudo, essas câmaras de decomposição possuem um funcionamento tão simples a ponto de você poder produzir o seu próprio bio

Como Assentar um Piso Drenante?

O piso drenante não é apenas um piso pré moldado em placas de concreto drenante, é na verdade um sistema que engloba os materiais de assentamento formando uma escala granulométrica que drena as águas pluviais para o solo. As placas de piso não podem ser assentadas diretamente sobre a terra, pois a mesma irá entupir os vazios da placa de concreto evitando o correto funcionamento. A placa drenante deve ser assentada em um colchão drenante da seguinte forma de acordo com o manual técnico da Segato Pisos do Brasil: -Espalhar sobre o solo compactado uma camada de brita de aproximadamente 12cm de espessura. -Sobre a camada de brita, espalhar uma camada de Areia de aproximadamente 7cm de espessura. -Fazer colocação das placas usando uma linha de nylon para orientar no alinhamento e nivelamento. -A colocação tem que ser feita de forma que as peças fiquem travadas. Seguindo essas regras, teremos um piso ecologicamente correto podendo participar dos projetos com princípios