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Casa modernista restaurada como casa passiva


Como esta, são mais de 100 residências modernistas em Savannah
(crédito: Richard Leo Johnson/Atlantic Archives, Inc, Courtesy of Savannah Magazine)
Quando Cornelia Stumpf e Celestino Piralla mudaram-se do centro histórico de Savannah, Geórgia, para Phoenix, em 2002, o casal deixou para trás uma casa restaurada da metade do século que mal havia sido tocada em 50 anos. Ao retornar à Savannah, em 2010, eles não foram para a casa de 1883 deixaram para trás. "Quando morávamos lá no final dos anos 90 as pessoas já estavam subindo a varanda da frente para olhar para nossa casa pela janela, e o afluxo de turistas e estudantes desde então aumentou drasticamente", diz Piralla. "

 Piralla e Stumpf decidiram, mais uma vez, preservar um edifício histórico de safra mais recente. Savannah é o lar de mais de 100 residências intactas da metade do século, personalizadas por modernistas locais e também pela Sarasota School of Architecture. Uma delas, construída a partir de blocos de concreto moldado nas imediações do Magnolia Park, perto do centro histórico, interessou ao casal. Além do papel de parede e do tradicional tapete felpudo, a construção foi pouco alterada desde a sua concepção em 1955. Stumpf fez uma proposta pelo local.
Uma das poucas exclusões foi a parede entre a sala de estar e uma antiga área telada, possibilitando maior aproveitamento de luz e ventilação naturais
(crédito: Richard Leo Johnson/Atlantic Archives, Inc, Courtesy of Savannah Magazine)
Considerando que a preservação é o uso responsável dos recursos existentes e da energia incorporada, para este projeto foi prometido uma existência mais sustentável no dia-a-dia. Assim como a Escola de Sarasota é mais conhecida por adaptar uma linguagem europeia para um clima subtropical, da mesma forma este edifício de 560 metros quadrados incorpora uma compreensão sofisticada da luz solar intensa, num ambiente de umidade sufocante. A restauração da casa com vistas a aproximá-la das intenções originais significava ressaltar suas qualidades passivas, e Piralla supervisionou o projeto com este objetivo.
A construção de uma rodovia nas proximidades causou uma movimentação no terreno. Havia danos causados por cupins e inclusive por um alagamento. As exclusões foram feitas por escolha: Para expor os detalhes entalhados e iluminar o interior em geral, Piralla removeu o teto inclinado e fez o isolamento partir do alto. A espuma foi pulverizada sobre o telhado a uma profundidade de 4 polegadas, terminando em uma membrana pintada com alto albedo.
Para melhorar tanto a penetração de luz natural, quanto da ventilação natural, Piralla derrubou a parede que separava a sala de estar de uma varanda telada que havia sido fechada pelo proprietário anterior, e re-instalou as portas originais de correr. O resultado foi um interior aberto, com grande permeabilidade entre interior e exterior.
Com a exceção do tapete e do papel de parede, Piralla e Stumpf decidiram recuperar tudo o que não havia chegado ao fim da sua vida útil. Eles deixaram a laje de concreto coberta apenas pelo tapete. Sua massa térmica estabiliza o clima interior, independentemente da estação. "Nós não queremos um acabamento brilhante, porque você tem que adicionar produtos químicos demais para isso", Piralla acrescenta, "e quem quer polir o chão uma vez por semana?"
Todas as janelas são originais, e por isso todo o interior aparece em sua cor laranja original. Outros detalhes que revelam o estilo anterior são os azulejos do banheiro, o piso e pia do banheiro principal, bem como o forno da cozinha.
Novas adições são amigáveis com os princípios estabelecidos na casa. Por exemplo, a garagem é agora um pátio, mas os blocos perfurados de que eram feitas suas paredes ainda permitem a ventilação cruzada. Ao mesmo tempo um fogão por indução, pedra projetada para todas as bancadas, armários de cozinha e banheiros em MDF, com acabamento em laca a base de água, entre outros elementos, fazem a sustentabilidade da restauração.
Duas grandes intervenções na propriedade unem passado e presente. Uma piscina composta de um conjunto de canais cujo sistema de auto-limpeza é baseado no sal. E uma dependência externa pré-fabricada, que Stumpf e Piralla erigiram como um estudo, claramente parece descender diretamente do Modernismo.
Para concluir, as mínimas janelas da face oeste demonstram todo o conhecimento em residência passiva. Ao mesmo tempo que todas as janelas têm vidro duplo e enchimento de argônio, assim como todas as lâmpadas são de LED.

A partir do Green Source Magazine                     Via: Portal EA

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